Mais de 40% dos atletas admitem usar doping, apontam estudos de pesquisa
Estudos
realizados sob sigilo indicaram que mais de 40% dos atletas fazem uso de
substâncias proibidas, segundo apontaram os estudos de uma pesquisa
encomendada pela “Springer”, editora detentora de revistas científicas.
Os estudos
avaliaram 2.167 atletas em dois eventos esportivos: o Mundial de
Atletismo de Daegu, na Coreia do Sul, em 2011, e Jogos Pan-Árabes em
Doha, no Catar, em dezembro do mesmo ano.
Para estimar o
predomínio do doping, foi usada a “técnica da resposta aleatória”, o
que garante o anonimato aos indivíduos ao responder a uma pergunta
delicada. A pesquisa, sob sigilo, também incluiu uma pergunta de
controle quanto ao uso de suplemento ao longo do último ano.
A pesquisa
conclui que o doping é bastante difundido entre os atletas de elite e
permanece largamente mascarado, apesar dos testes biológicos de ponta
realizados atualmente. A técnica de pesquisa apresentada nos estudos da
“Springer” permitirá a futuros pesquisadores detectar uma maior
preponderância do doping.
Anualmente,
a Agência Mundial Antidoping (WADA) realiza milhares de exames de
sangue e urina para detectar a presença de substâncias proibidas nos
atletas. Deste montante, apenas uma parcela mínima, de 1% a 2%, testa
positivo. As medidas de prevenção através do passaporte biológico
flagram 14%, contudo, tais exames não conseguem identificar as técnicas
mais elaboradas e de ponta dos dias de hoje.
A
prevalência estimada de doping no ano passado foi de 43,6% (a exatidão
da pesquisa é de 95%). O uso de suplementos foi feito por 70,1% dos
atletas. As análises de sensibilidade dos testes em diversos cenários
hipotéticos de descumprimento intencional ou não intencional por parte
dos indivíduos, indicaram ser improvável se ter superestimado a
verdadeira prevalência de doping.
A verdadeira prevalência de doping permanece desconhecida na maioria dos casos.
GE
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