quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Tratamento além dos remédios

Mohamad Barakat diz que Medicina deve olhar além da doença e dá a receita da vida saudável

Segundo o médico, exercer a medicina deve ir além do olhar voltado à doença. O foco deve ser a saúde, a prevenção dos males, a reeducação alimentar, a luta em prol da promoção de vida com qualidade.

O Dr. Barakat destaca os diferenciais dessa medicina - (Foto: Reprodução/arquivo pessoal)

O médico Mohamad Barakat, fenômeno nas redes sociais e autor do livro “Pilares para uma Vida Saudável #Escolhi Ser Feliz”, diz, em entrevista exclusiva concedida ao Portal ClickPB, que a saúde não se resume à ausência de doença e afirma que o tratamento deve ir além dos remédios. Fundador do Instituto Dr. Barakat de Medicina Integrativa, localizado na cidade de São Paulo e que este ano completa 4 anos, o médico destaca os diferenciais dessa medicina.
“É a medicina centrada no ser humano em sua totalidade (corpo, mente e espírito) - de maneira holística, biopsicossocial, multiprofissional".
Segundo ele, a abordagem da ‘Medicina Integrativa’ é uma verdadeira quebra de paradigma – em que o foco sai da doença e passa a ser a pessoa. Seu conceito está fundamentado na definição de saúde da OMS "um estado de bem-estar físico, mental e social completo e não meramente a ausência de doença ou enfermidade”. Uma prática que enfatiza o respeito pela capacidade humana de cura, pela importância do vínculo de confiança entre o profissional e o paciente por meio de uma abordagem colaborativa do cuidado por meio de práticas convencionais, complementares e alternativas, baseados em evidências.
Segundo ele explica, é por meio desta união, com seus diferentes olhares e aptidões, que se pode alcançar êxito na busca por saúde e qualidade de vida – para a família: desde antes do nascimento até a velhice.
“Para mim, Medicina Integrativa é o propósito de uma vida. Desde que compreendi o valor da medicina para o ser humano fiz da Medicina Integrativa minha bandeira”.
Para o médico, não há outro caminho para a promoção e assistência à saúde que não este, que aborda toda a gama de influências físicas, emocionais, mentais, sociais, espirituais e ambientais que podem afetar uma pessoa.
“Neste ano, inclusive, completamos 4 anos da história do Instituto Dr. Barakat – uma instituição que tem possibilitado construir meios de alcançar este meu sonho de promover medicina centrada no ser humano em sua totalidade (corpo, mente e espírito) - de maneira holística, biopsicossocial, multiprofissional”.
Segundo o especialista, exercer a medicina deve ir além do olhar voltado à doença. O foco deve ser a saúde, a prevenção dos males, a luta em prol da promoção de vida com qualidade.
“Nas escolas, nos ensinam sobre remédios, tecnologias diagnósticas, avanços terapêuticos. Somos preparados para sermos doutores da doença. Há pouco tempo (ou nenhum) para uma imersão na saúde de fato. Numa medicina que se preocupa em reduzir danos, em lugar de prevenir riscos de maneira efetiva. Sim, um desafio e tanto adotar na prática diária os meios que possibilitem ao paciente lançar mão de ferramentas que vão além de remédios, mas que se utilizam de medidas capazes de manter o organismo são, equilibrado e em pleno funcionamento. Ainda são poucos aqueles que acreditam (e vivem) esta medicina que – assim como disse Hipócrates – tem como base o alimento como remédio”, assegura Barakat.
“Vivemos num mundo que chama de loucos os que rompem paradigmas. Como diz Arthur Schopenhauer – ‘Toda verdade passa por três estágios. No primeiro, ela é ridicularizada. No segundo, é rejeitada com violência. No terceiro, é aceita como evidente por si própria’”, destaca Barakat.
O médico ensina, ainda, como alcançar saúde física e mental por meio de uma abordagem integral do ser humano, inclusive, defende a reeducação alimentar, para possibilitar às pessoas uma vida plena e muito mais saudável.
“Acredito que o exercício da medicina está contido naquele momento em que ao final de uma consulta, o paciente pode olhar em seus olhos e transmitir esperança e fé de que a relação médico-paciente se trata disso, de uma parceria, de uma troca de energias, de olhar no olho, de pegar na mão, de compreender que as necessidades daquele ser humano que está ali em sua frente é muito mais que um corpo. Ele tem mente, ele tem alma, tem espírito. Sou destes que crê (e vive) esta máxima. Quando compreendermos que o olhar biopsicossocial é transformador, poderemos finalmente atender integralmente à saúde do paciente, não apenas a doença!”, afirma Mohamad Barakat.
ClickPB

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