Cássio deve ser interrogado em até 60 dias e Procuradoria-Geral da República quer lista de servidores de seu gabinete
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que é o
relator do inquérito que investiga o vice-presidente do Senado Cássio
Cunha Lima (PSDB) de ter recebido R$ 800 mil de propina da Odebrecht,
deferiu o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela
prorrogação das investigações por mais dois meses. A justificativa é de
que ainda falta os interrogatórios do senador paraibano e de mais dois
envolvidos no caso.
Gilmar Mendes ainda solicitou para que o Senado Federal encaminhasse a
relação dos servidores ativos e comissionados que estão à disposição do
gabinete de Cássio Cunha Lima para a PGR.
Cunha Lima é investigado no inquérito 4.386, do Ministério Público
Federal, por ter supostamente recebido R$ 800 mil em propina da
Odebrecht, durante a campanha eleitoral para governador da Paraíba no
ano de 2014.
Entenda
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ia dar de bandeja a Cagepa para a
Odebrecht. Essa foi a revelação que o vídeo do depoimento de Fernando
Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, que serviu para a abertura
de inquérito contra o senador paraibano Cássio Cunha Lima.
No depoimento, Fernando confirma que a empresa tinha interesse em
desenvolver uma parceria público-privada para a área de saneamento e foi
procurada por Cássio para demonstrar que tinha interesse em desenvolver
o projeto e pediu uma contribuição de R$ 800 mil, através de caixa 2,
para sua campanha de 2014.
“No decorrer da campanha de 2014, um diretor nosso, Alexandre Barradas,
foi procurado pelo senador Cássio Cunha Lima, que era candidato a voltar
ao governo da Paraíba”, relatou. Ainda segundo Reis, o codinome de
Cunha Lima no departamento de propinas da Odebrecht era “Prosador”.
Fonte: g1 - por Alana Beltrão
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