Procuradoria Geral da República envia ao Supremo delação de Lúcio Funaro; conteúdo está sob sigilo
Nomes com foro privilegiado foram citados na delação
A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal
Federal (STF) a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro para
homologação. O conteúdo da colaboração está sob sigilo.
Funaro assinou o acordo com a PGR no último dia 22 e o caso foi
remetido ao STF porque o doleiro citou nos depoimentos nomes de pessoas
com foro privilegiado, entre as quais o presidente Michel Temer.
A homologação da delação premiada caberá, a partir de agora, ao
ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo.
Antes disso, juízes auxiliares do ministro ouvirão o delator para
confirmar se ele fechou o acordo de livre e espontânea vontade ou se foi
pressionado - como é a praxe.
Trâmite
Se homologada, a delação de Funaro voltará para análise da Procuradoria
Geral da República, que poderá usar as informações em investigações já
em andamento ou pedir a abertura de novos inquéritos.
É possível, também, que os dados fornecidos pelo doleiro sejam usados em uma eventual nova denúncia da PGR contra Michel Temer.
A delação de Funaro, assim como a utilização dos depoimentos em
procedimentos investigatórios, deverá ser um dos últimos atos de Rodrigo
Janot à frente da PGR. O mandato dele termina no próximo dia 17 de
setembro. No lugar dele assumirá a subprocuradora Raquel Dodge.
Funaro também fechou acordo de delação em 2013 em um desdobramento do
processo do mensalão do PT. O acordo foi assinado em troca de perdão
judicial.
G1
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