Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal do PT, é preso em nova operação da Lava Jato
(Foto: Janine Moraes/Câmara dos Deputados/Arquivo) |
O ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara dos Deputados Cândido
Vaccarezza, que deixou o PT, foi preso nesta sexta-feira (18), em São
Paulo. Ele alvo da Operação Abate, uma das duas novas fases da Operação
Lava Jato deflagradas nesta manhã.
A prisão é temporária, válida por 5 dias. O G1 tenta contato com a defesa do ex-deputado.
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que Vaccarezza usou a
influência decorrente do cargo em favor da contratação da empresa
Seargent Marine pela Petrobras. No total, a empresa obteve 12 contrato
entre 2010 e 2013 que somam US$ 180 milhões.
O ex-deputado, segundo o MPF, foi o principal beneficiário de US$ 500
mil em propina que eram destinados ao PT. Também foram beneficiados
pelo pagamento de propina o ex-diretor Paulo Roberto Costa, que se
tornou delator da Lava Jato.
O MPF aponta ainda que Vaccarezza pode ter recebido propina e
repassado informações confidenciais da Petrobras à empresa Quimbra na
comercialização de tolueno.
A outra fase, chamada de Sem Fronteiras, tem como foco
irregularidades envolvendo executivos da Petrobras e grupo de armadores
estrangeiros para obtenção de informações privilegiadas e favorecimento
obtenção de contratos milionários com a empresa brasileira.
No total, foram cumpridas 46 ordens judiciais distribuídas em 29
mandados de busca e apreensão, 11 mandados de condução coercitiva e 6
mandados de prisão temporária, incluindo o de Vaccarezza, em São Paulo,
Santos e Rio de Janeiro.
G1
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