Procuradoria-Geral desarquiva investigação sobre Lula por 'sobra' do mensalão
As investigações haviam sido abertas em 2013 e arquivadas em 2015
© Reuters
A Câmara de Combate à Corrupção da Procuradoria-Geral da
República mandou o Ministério Público Federal em Brasília desarquivar
investigação sobre suposto acerto no qual o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci teriam feito parte para a
Portugal Telecom repassar propinas de US$ 7 milhões para o PT. O
dinheiro teria como destino a quitação de dívidas eleitorais. As
investigações haviam sido abertas em 2013 e arquivadas em 2015 pelo MPF a
pedido da PF. O inquérito tinha como base depoimento do operador do
Mensalão, Marcos Valério. As informações foram divulgadas pelo jornal O
Globo e confirmadas pelo O Estado de S. Paulo.
O caso passou a ser investigado pela Polícia Federal em 2013, após
revelação feita pelo operador do mensalão, Marcos Valério, e arquivado
em 2015.
Em revisão dos autos, a Câmara de Combate à Corrupção decidiu que as
investigações devem ser retomadas pela Procuradoria da República no
Distrito Federal.
Segundo Marcos Valério afirmou no depoimento, Lula e Palocci
reuniram-se com Miguel Horta - então presidente da Portugal Telecom - no
Palácio do Planalto e combinaram que uma fornecedora da operadora em
Macau, na China, transferiria R$ 7 milhões para o PT.
O dinheiro, conforme Valério, entrou pelas contas de publicitários
que prestaram serviços para campanhas petistas. Na época, Palocci era
ministro da Fazenda de Lula. O ex-ministro negou as acusações.
As negociações com a Portugal Telecom estariam por trás da viagem
feita em 2005 a Portugal por Valério, seu ex-advogado Rogério Tolentino,
e o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri.
De acordo com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que denunciou o
esquema do mensalão, José Dirceu havia incumbido Marcos Valério de ir a
Portugal para negociar a doação de recursos da Portugal Telecom para o
PT e o PTB.
Notícias ao Minuto com informações do Estadão Conteúdo.
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