Juru, uma cidade sem líderes e com muitos candidatos a prefeito

AUSÊNCIA DE LIDERANÇAS POLÍTICAS EM JURU LEVA A PROLIFERAÇÃO DE PRETENSOS CANDIDATOS A PREFEITO

Por Geraldo Luiz

Geraldo Luiz

A propósito da sucessão municipal em Juru, no Sertão da Paraíba, os nomes elencados até então para disputa de 2020 estão mais para um 'pega na rua', daqueles convocados às pressas em torneios de pelada de futebol, na zona rural de cidades pequenas, do que para escolha de quem irá administrar os rumos do município durante quatro anos.  

Basta ver pela enquete realizada entre os dias 01 e 13 de julho de 2017 pelo conceituado blog SERTÃO EM DESTAQUE, de propriedade do professor Wander Rudney, que visava analisar a opinião e a preferência dos internautas sobre o possível sucessor do prefeito Luis Galvão, cujo resultado mostrou a indecisão do eleitor juruense sobre o futuro político da cidade, com 34% dos participantes tendo optado pela alternativa 'NENHUM DELES', numa demonstração clara de rejeição aos nomes indicados na enquete - inclusive o meu.

Apesar do elevado percentual daqueles que disseram não querer votar em 'NENHUM DELES', o nome do ex-prefeito Buéga apareceu na primeira colocação com 15% das intenções de voto, seguido do ex-vereador Silvino com 13% e do vereador Manoel Cabeleireiro e da ex-vereadora Maísa Alves empatados com 10%, em segundo e terceiro lugares.  

Além desses, o meu nome aparece com 8% - sem que jamais tivesse dito que seria candidato, embora não falte quem me estimule a entrar na disputa -, seguido de 6% que indicaram a opção 'NÃO SOUBERAM' e do ex-vereador Wanderley com 3%.

Para justificar o termo 'pega na rua' dos torneios de futebol, mencionado no início da postagem, some-se a estes os nomes do vice-prefeito Eduardo Pires, dos vereadores Napoleão Marques e Solange Félix, dos empresários Milton de Otilia, Marquinhos Alves, Leôncio da Rajada e Edilson Flor, ex-vice-prefeito da cidade, todos estes com pretensões explícitas de saírem candidatos ao cargo de chefe do poder executivo juruense.

Alem dos personagens citados, sem no entanto ignorar a expressiva liderança política do médico Antônio Loudal (Dr. Toinho), que tem se mantido indiferente com relação à próxima disputa municipal, são lembrados ainda os nomes de Dalmo e Janser, filho e irmão do ex-prefeito, respectivamente.

Não bastasse essa proliferação de pretensos candidatos, há quem fale ainda em pessoas desconhecidas da política local, a exemplo do nome de 'teu' Santo, empresário de bandas musicais, entre outros, que, segundo se comenta, o próprio teria dito que seria candidato a prefeito se o atual vice-prefeito, seu tio Eduardo Pires, fosse impedido de disputar o cargo por conta da pouca leitura.  

É esse, pois, o atual quadro político de Juru, um município antes orgulhoso dos homens públicos que tinha, conhecidos e conhecedores das causas do seu povo, e que hoje se destaca muito mais pela ausência de lideranças, que resulta nesse assombroso rol de postulantes a representante maior de todos nós juruenses, alguns deles sem nenhum grau de conhecimento, conhecidos apenas pelo desconhecimento da responsabilidade que a investidura do cargo impõe, sem nenhuma competência portanto para tal.

Coitadinhos de todos nós, pois, se assim realmente for! 
Que falta nos fazem os políticos que outrora tínhamos, que faziam nossa pequenina Juru ser próspera em crescimento e bem maior do que hoje é, parada no tempo em relação às cidades vizinhas!