Encontraremos vida alienígena em menos de 10 anos, afirma pesquisador em astronomia
Procurar vida além da Terra, basicamente, se tornou o objetivo de quase todo astrônomo.
Considerando
o tamanho maciço do Universo, e as estimativas que variam nos trilhões
de galáxias, bem como a probabilidade dita de que em breve poderemos
encontrar evidências de vida, é bem provável que não estejamos sozinhos.
Ainda, de acordo com o pesquisador em astronomia Chris Impey, essa
busca por vida alienígena pode em breve produzir resultados.
Em
uma entrevista a Futurism, ele revelou que acredita que estejamos a
menos de duas décadas para encontrar vida extraterrestre. No entanto,
ela vai surgir como algo que não esperamos. “Aposto na detecção da vida microbiana em 10 a 15 anos, mas não em vida inteligente”, disse.
Embora
esteja cético em relação a este ponto, ele sugere que devemos focar
nossa busca em formas de vida em geral, inteligente ou não. E o primeiro
lugar a ser explorado é o nosso Sistema Solar.
Contudo,
ele não exclui a possibilidade de que exista vida em Marte, embora
estas provavelmente estejam abaixo da superfície e, portanto, sejam mais
difíceis de serem detectadas. Mais precisamente, as evidências seriam
encontradas nas rochas mais antigas do Planeta Vermelho.
“Se
realmente conseguimos trazer algumas rochas de Marte aqui para a Terra,
mas de um ponto em que poderia ter sido habitável no passado, então
podemos encontrar provas da vida anterior”, disse.
Outros
corpos do Sistema Solar que potencialmente poderia abrigar vida,
segundo ele, seria Europa, uma das várias luas de Júpiter. Neste ponto,
Impey acredita que futuras missões visando o satélite poderiam render
resultados úteis, ou até mesmo inteiramente conclusivos.
Embora
nosso Sistema Solar seja apenas uma parte muito pequena de todo o
Universo, seria negligência de nossa parte não procurar aqui. Ainda,
para diminuir o alcance de nossa busca, o astrônomo sugere orientá-las
aos exoplanetas que já descobrimos. Mas, ao invés de concentrar as
buscas na superfície dos planetas, devemos considerar suas atmosferas.
“Nos
próximos anos, poderemos usar o James Web Space Telescope e outros
dispositivos de detecção para procurar biomarcadores como oxigênio e
metano nas atmosferas desses planetas parecidos com a Terra”, disse. “Este experimento pode encontrar evidências de vida microbiana indiretamente“.
Ele acrescentou que a pesquisa deve ajudar a identificar planetas que
estão “o mais próximo possível da Terra, mas não em relação a distância,
e sim em caráter”.
Contudo,
e enquanto essas descobertas não ocorrem, poderíamos usar o
conhecimento atual que temos para estudar a vida microbiana e diminuir
nossa busca por outros organismos mais complexos. Ao possuir informações
valiosas, como a capacidade que alguns seres vivos têm para sobreviver
em mundos diferentes, poderia nos ajudar na busca por espécies
multiplanetárias.
Ainda,
mesmo que todas as experiências e missões panejadas no momento sejam
breves, Impey não prevê que a humanidade desista da caça alienígena tão
facilmente.
“O primeiro experimento SETI foi em 1959, então, obviamente, está acontecendo durante mais de meio século e sem sucesso”, explicou. “E as pessoas que o fazem.
Jornal Ciência
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