Bancários denunciam que Itaú prepara privatização do Banco do Brasil e Caixa Federal
O Sindicato dos Bancários do Rio de
Janeiro denuncia que o Itaú prepara a privatização do Banco do Brasil:
“Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco, faz parte do conselho
administrativo da empresa Falconi Consultores e Resultados, contratada,
sem licitação, para preparar o desmonte do Banco do Brasil. O maior
banco privado do país está de olho na privatização dos bancos públicos”.
Os bancários ainda não reclamaram, mas dentro do BB também se fala de
uma “fusão” com a Caixa. Os sistemas dos dois bancos “já se falam”.
Um detalhe importante que os bancários
talvez desconheçam ou tenham esquecido de divulgar. O mercado financeiro
sabe que Falconi está dentro da Petrobras e da Eletrobras, também. As
duas “estatais” pretendem se desfazer de ativos ou embarcarem na onda da
privataria. Não é à toa que Falconi é consultor do bilionário Jorge
Paulo Lehman. Parceiro dos banqueiros do Itaú, Falconi conhece, por
dentro, os melhores negócios do Brasil Capimunista Rentista.
O boletim dos bancários ironiza:
“Colocaram a raposa no galinheiro dos ovos de ouro”. Os sindicalistas
reclamam que o ditado popular explica com exatidão o que vem acontecendo
dentro do Banco do Brasil, para atender interesses privados, mais
precisamente, do Itaú. Em 2016 foi contratada, sem licitação, por
“notório saber”, a Falconi Consultores de Resultados, para preparar o
desmonte do BB, chamado oficialmente de “reestruturação”.
Os bancários denunciam: “O trabalho
desta empresa é enxugar a estrutura do banco público, preparando-o para a
privatização, política do governo Fernando Henrique Cardoso, retomada
pelo seu aliado, Michel Temer. Entre os membros do Conselho de
Administração da Consultoria Falconi está Pedro Moreira Salles, à época
da contratação Presidente do Conselho de Administração da holding Itaú
Unibanco, atualmente Presidente do Conselho Diretor da Federação
Brasileira dos Bancos (Febraban)”.
Os sindicalistas prosseguem no ataque:
“O absurdo é um banco privado estar conduzindo as políticas de um banco
público, que tem um papel estratégico, o de fomentar o desenvolvimento
econômico e social do país. No mínimo a situação configura um conflito
de interesses, já que o desmonte da rede de agências, com extinção de
milhares de postos de trabalho, abriu espaço para os bancos privados,
entre eles o próprio Itaú. A primeira fase da reestruturação resultou no
fechamento de 402 agências, extinção de 9.400 postos de trabalho e
redução salarial drástica que atingiu quase 4 mil funcionários”.
A denúncia bate forte: “O concorrente
continua dentro do BB. A mesma consultoria está fazendo o mapeamento
dentro da Diretoria de Tecnologia do banco, um setor altamente
estratégico a cujas informações o setor privado está tendo acesso.
Seguindo a linha de “mãos de tesoura” da Falconi, de corte dos custos,
há o temor de extinção de funções, abrindo espaço para a substituição de
funcionários concursados por trabalhadores precarizados de empresas
terceirizadas”.
A reclamação dos bancários é bem
previsível diante da disposição privatizante da equipe do real
Presidente, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Michel Temer seria
apenas um fantoche comandado por grandes interesses econômicos. Nada
anormal no desgoverno em profundo déficit moral. Agora, os deuses do
mercado, que curtiram uma semana de estudos no luxuoso frio de Campos do
Jordão, ficam apavorados com o alto risco de não ser retomada a
“reforma” da Previdência. Por isso, a tropa de choque temerária já
recomenda que o foco seja na agenda de privatizações e concessões,
deixando as aposentadorias para mais adiante…
O pragmatismo cínico da politicagem –
com interesses negociais imediatos – tende a falar mais alto que muitas
reformas de araque que não sairão do papel. Enquanto isso, aparelhadas
ou não por movimentos profissionais, a população começa a sair à rua
para amplificar os protestos que já fazem nas redes sociais… É a
preparação para o Fla-Flu eleitoral de 2018…
Fonte: http://www.alertatotal.net
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