Polícia Federal abre operação de desdobramento da Lava Jato no Rio Grande do Sul
A Polícia Federal (PF) está nas ruas desde as
primeiras horas da manhã desta quarta-feira (16) para cumprir mandados
judiciais em investigação para combater crimes de lavagem de capitais,
evasão de divisas, fraudes contra o sistema financeiro nacional e
corrupção. A operação, chamada Étimo, é um desdobramento da Lava Jato no
Rio Grande do Sul.
Mais de 50 policiais federais cumprem cinco mandados de busca e
apreensão em Porto Alegre (2), Canoas (1), Glorinha (1) e em Brasília
(1). Também foram autorizados pela Justiça Federal o sequestro de bens e
a quebra de sigilo dos investigados.
“Com dados obtidos a partir do compartilhamento das informações da
26ª fase da Operação Lava Jato (Operação Xepa, deflagrada em março de
2016 pela PF no Paraná), foi possível aprofundar as investigações sobre
esquema envolvendo a lavagem de dinheiro por meio de entidade
associativa ligada a grandes empreiteiras”, diz a nota da PF.
A entidade recebia das empreiteiras um porcentual do valor de obras
públicas realizadas no Estado. Contratos de assessoria entre a entidade
associativa e empresas de fachada eram utilizados para dar aparência de
legalidade às operações financeiras de retirada de valores dessa
entidade. A movimentação ilegal desses recursos, no Brasil e no
exterior, sua origem e sua destinação, são objeto de investigação pela
Operação Étimo.
O nome da Operação é uma referência à origem das informações que
possibilitaram o aprofundamento das investigações. Étimo é um termo que
exprime a ideia de origem, que serve de base para uma palavra, a partir
da qual se formam outras.
Xepa
A Operação Xepa abriu novas linhas de investigação do pagamento de
propinas pelo Grupo Odebrecht em outras obras públicas, que extrapolavam
a Petrobras – foco inicial das investigações.
Na época foram descobertas planilhas de controle dos pagamentos de
propina da Odebrecht. Os investigadores identificaram “pagamentos
sistemáticos” com entregas de valores em moeda no Brasil e
transferências no exterior.
O Estadão
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