Após 3 horas, Tribunal Superior Eleitoral suspende sessão de julgamento da chapa Dilma-Temer
Discussão deve ser retomada na manhã de quarta-feira (9)
© Ueslei Marcelino / Reuters
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerrou a sessão de
julgamento da chapa Dilma-Temer por volta das 22h desta terça-feira (6).
A Corte retoma os trabalhos às 9h da quarta-feira (7), quando deve
ocorrer a decisão final sobre o caso.
Na sessão de hoje, o ministro Herman Benjamin, relator da ação, leu
relatório sobre a ação que pede cassação da chapa formada pela
ex-presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Michel Temer. Ele
apresentou as alegações do PSDB, autor do pedido de cassação, e das
defesas da petista e do peemedebista. O partido alegou que a chapa
praticou abuso de "poder econômico e político" durante a campanha de
2014.
Em seguida, o advogado do PSDB, José Eduardo Alckmin, pediu cassação
da chapa, citando depoimentos de delação premiada do publicitário João
Santana e do empresário Marcelo Odebrecht, que confirmaram que a
campanha eleitoral recebeu recursos ilegais.
A fala de Alckmin foi seguido por sustentação da defesa de Dilma e de
Temer. O advogado Flávio Caetano, que faz a defesa da petista, alegou
que não houve ilegalidade na campanha de 2014 e que, “não há nenhuma
acusação que pare de pé que possa levar à condenação da chapa
Dilma-Temer”.
Dois advogados falaram em defesa do peemedebista. Gustavo Guedes
afirmou que não há indícios de que Temer tenha praticado condutas
irregulares na última campanha presidencial. Marcus Vinícius Coelho
argumentou que as delações não podem ser usadas para cassar o mandato do
presidente.
"Ainda que se considere tais fatos, com a possibilidade do
alargamento, a lei que trata da colaboração premiada diz expressamente
que não pode haver condenação baseada apenas na palavra do colaborador.
Aqui no TSE está na linha de chegada o que no STF está na linha de
partida", afirmou.
A sessão terminou com fala do vice-procurador-geral eleitoral,
Nicolao Dino. Ele defendeu que a chapa seja cassada "como um todo" pelos
ministros do TSE.
Amanhã, Benjamin deve votar na matéria, seguido pelos ministros
Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz
Fux, e o presidente do tribunal, Gilmar Mendes. Outras três sessões
foram marcadas até quinta-feira (8). Há possibilidade de que o
julgamento seja suspenso por pedido de vista.
Notícias ao Minuto
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