"Efeito Joesley” pode causar avalanche de delações premiadas, diz Operação Lava Jato
São cerca de 15 negociações em andamento apenas em Curitiba, origem da força-tarefa que apura esquema de corrupção na Petrobrás
A delação dos executivos do Grupo J&F deve abrir uma nova temporada
de acordos de colaboração premiada na Operação Lava Jato.
Investigadores e advogados esperam um crescimento no número de
candidatos a colaboradores, em especial políticos e assessores, que
podem ampliar denúncias Michel Temer.
São cerca de 15 negociações em andamento apenas em Curitiba, origem da
força-tarefa que apura esquema de corrupção na Petrobrás. Os
ex-ministros Antonio Palocci (ex-Fazenda e ex-Casa Civil nos governos
Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, respectivamente) e Guido
Mantega (ex-Fazenda de Lula e Dilma.
As informações são de reportagem de Ricardo Brandt e Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.
“A delação da JBS, pela amplitude política de suas revelações, deve
gerar uma avalanche de procura por acordos”, disse Carlos Fernando do
Santos Lima, procurador regional da República da Lava Jato no Paraná.
Com 158 acordos de delação e dez de leniência – espécie de delação para
pessoas jurídicas – fechados, em Curitiba, em pouco mais de três anos
de investigações da Lava Jato, o recado implícito no acordo dos irmãos
Joesley e Wesley Batista, segundo os delatores, foi claro: quem primeiro
procura o Ministério Público Federal (MPF) mais benefícios obtém.
Procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e Brasília,
ouvidos pela reportagem, avaliam que as negociações de novas delações
sofrerão um “efeito Odebrecht-J&F”. No domingo, 4, o Estado mostrou
que o acordo assinado com os irmãos Batista, criticado pelos benefícios
concedidos, rende até 2 mil anos de perdão das penas."
Brasil 247
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