Países da Europa são alvos de novo ciberataque nesta terça-feira
Sites
do governo e de várias empresas ucranianas foram alvo nesta terça-feira
(27) de um ataque cibernético, que um conselheiro do ministro do
Interior da Ucrânia classificou como o pior na história do país e já
atingiu aeroportos, bancos escritórios do governo.
Além
disso, companhias da Europa, como a agência de publicidade WPP, também
informaram terem sido afetadas. “Nós estamos respondendo em caráter de
urgência a relator de outro grande ataque de ransonware a negócios na
Europa”, afirmou Rob Wainwright, diretor da Europol.
O
conselheiro ucraniano Anton Gerashchenko disse que uma variante do
“WannaCry” causou as interrupções. Os sistemas de tecnologia da
informação da Ucrânia foram alvo do “Cryptolocker”, uma versão do
WannaCry, o vírus que bloqueou mais de 200 mil computadores em mais de
150 países em maio.
O
malware aplica o golpe chamado de ransomware, que “sequestra” os
arquivos e só os libera mediante pagamento em moedas virtuais. Os
conteúdos do sistema não necessariamente são retirados dos dispositivos,
mas são codificados para impedir o acesso a eles.
“O
objetivo final do ataque cibernético é tentar desestabilizar”, escreveu
Gerashchenko. Afirmou ainda que os ataques provavelmente se originaram
da Rússia.
Rússia e Ucrânia
Já
a Group-IB , empresa de segurança digital sediada em Moscou, informou
que parece se tratar de um ataque coordenado que mirou vítimas na Rússia
e na Ucrânia simultaneamente.
O
banco central da Ucrânia informou que bancos comerciais e públicos do
país e empresas privadas foram alvo de ataques. “Como resultado desses
ataques virtuais, esses bancos estão tendo dificuldades com serviços aos
clientes e operações bancárias”, informou o BC ucraniano, sem
identificar as instituições afetadas.
“O
banco central está confiante de que a infraestrutura de defesa bancária
contra fraude virtual está adequadamente estabelecida e tentativas de
ataques contra os sistemas de TI dos bancos serão neutralizadas”,
informou o banco central. Clientes de bancos que consultassem agências
bancárias podiam ver mensagens de resgate nas telas de caixas
eletrônicos.
A
distribuidora de energia que alimenta o aeroporto de Kiev foi uma das
atingidas. Yevhen Dykhne, diretor do Aeroporto de Boryspyl, disse que o
terminal foi afetado. “Devido à conexão irregular, alguns atrasos nos
voos são possíveis”, afirmou. Passageiros do metrô do país ainda relatam
que não o sistema deixou de aceitar pagamentos.
A
petroleira russa Rosneft também informou ter sido atingida por um
ataque de larga escala a seus servidores. “Os servidores da companhia
sofreram um ataque cibernético poderoso”, informou a empresa pelo
Twitter.
“O
ataque cibernético poderia provocar sérias consequências, mas a
companhia recorreu a um sistema reserva de processamento de produção e
nem a produção de petróleo nem a de refinamento foi interrompida”.
Reino Unido, Rússia, Dinamarca, França, Espanha
A
britânica WPP também confirmou ter sido alvo de um ataque cibernético,
mas não informou se o WannaCry era o causador da instabilidade. O site
da empresa ficou fora do ar durante toda a manhã.
A
AP Moller-Maersk, companhia dinamarquesa de logística, relatou também
ser uma dos alvos. “Estamos falando de um ciberataque”, afirmou o
porta-voz Anders Rosendahl. “Afetou todos os braços do nosso negócio,
tanto em casa como em outras localidades.”
A francesa Saint Gobain e a espanhola Mondelez também estão na mira dos cibercriminosos.
G1
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