Polícia Federal prende assessor do presidente Michel Temer na manhã de hoje
Foto do estádio Mane Garrincha em Brasilia antes do jogo Brasil x África do Sul - (Foto: Felipe Schmidt/GloboEsporte.com) |
Polícia
Federal cumpre na manhã desta terça-feira (23) mandados de prisão
temporária contra ex-governadores do Distrito Federal José Roberto
Arruda e Agnelo Queiroz e o ex-vice governador Tadeu Filippellil, hoje
assessor do presidente Michel Temer. Às 8h12, os três políticos foram
detidos. Os policiais chegaram na casa de Agnelo por volta das 6h.
A
operação é baseada em delação premiada de executivos da Andrade
Gutierrez sobre um esquema de corrupção nas obras do estádio Mané
Garrincha. A PF diz que a reforma do local pode ter sido superfaturada
em cerca de R$ 900 milhões, visto que estava orçada em R$ 600 milhões
mas custou R$ 1,575 bilhão.
O advogado de Arruda, Paulo Emílio, afirmou ao G1 que ainda está “tomando pé das circunstâncias”, mas que vai tentar revogar o mandado prisão.
O G1
tentou contato com o advogado do ex-governador Agnelo Queiroz, mas não
obteve respostas até o momento da publicação desta reportagem. A defesa
do ex-vice governador Tadeu Filippelli, afirmou que “preferia não se
pronunciar por enquanto”.
Na
operação desta manhã, cerca de 80 policiais foram divididos em 16
equipes e devem ser cumpridos 10 mandados de prisão temporária, 3 de
conduções coercitivas e 15 mandados de busca e apreensão. As medidas
judiciais partiram da 10ª Vara da Justiça do DF e as ações ocorrem em
Brasília.
Além
dos políticos, a operação desta terça tem como alvo agentes públicos,
construtoras e operadores das propinas que atuaram na época. Segundo a
PF, a suspeita é de que com a intermediação dos operadores, os agentes
públicos tenham simulado etapas da licitação. O Mané Garrincha não
recebeu financiamento do BNDES, mas da Terracap, empresa do governo do
Distrito Federal que não tinha este tipo de operação prevista entre suas
atividades.
Agnelo,
que foi governador do DF de 2011 a 2015, foi condenado a ficar
inelegível por oito anos em 2016. O Tribunal Regional Eleitoral entendeu
que ele e seu vice, Filippelli, usaram pa publicidade do governo para
se favorecer a campanha de 2014.Em fevereiro passsado, o Tribunal
Superior Eleitoral manteve a punição ao ex-governador, mas absolveu o
ex-vice.
Filippelli
foi nomeado assessor especial do gabinete pessoal de Temer em setembro
de 2016. Antes, integrava, desde 2015, a assessoria parlamentar da
vice-presidência da República. Ele era um dos responsáveis pela interlocução entre o Palácio do Planalto e o Congresso.
G1
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