Prefeito toma posse e vai preso em Ilha Solteira, no Extremo Oeste de São Paulo
Edson Gomes tinha um mandado de prisão expedido por desvio de recursos públicos e era considerado foragido desde novembro
© Visão - Assessoria de Imprensa
O prefeito eleito de Ilha Solteira, Edson Gomes (PP), tomou
posse no cargo nesta terça-feira, 28, mas nem teve tempo de comemorar.
Ele foi preso logo em seguida pela polícia e levado para a cadeia local.
Gomes tinha um mandado de prisão expedido por desvio de recursos
públicos e era considerado foragido desde novembro do ano passado. Mesmo
preso, ele continua sendo prefeito da cidade de 16 mil habitantes, no
extremo oeste paulista.
Gomes foi o mais votado para a prefeitura em 2016, mas estava com o
registro cassado pela Justiça Eleitoral por irregularidades na
contratação de uma gráfica em seu mandato anterior. Ele recorreu ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas, antes do julgamento, foi acusado
de fraudar licitações que implicaram num desvio de R$ 1 milhão dos
cofres municipais, segundo o Ministério Público. As novas denúncias
resultaram num mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.
Em fevereiro, o TSE julgou regular a candidatura de Gomes e o
autorizou a tomar posse, juntamente com o vice-prefeito, Otávio Gomes
(DEM), que é seu filho. O prazo para o eleito se apresentar para a posse
vencia na quinta-feira, 30. Se não comparecesse, seria declarada a
vacância do cargo e o vice assumiria em definitivo.
Os advogados do prefeito fizeram um acordo com a Polícia Civil para
que, após a posse, ele se entregasse. Assim que assumiu, ele se
licenciou do cargo e o vice, seu filho, assumiu a prefeitura. Durante o
ato de posse, Gomes afirmou que não praticou nenhum delito e confia em
sua absolvição. Como tem curso superior, o prefeito será levado para uma
prisão com cela especial. Seus advogados entraram com pedido de habeas
corpus para que responda em liberdade e possa reassumir a prefeitura.
Notícias ao Minuto com Estadão Conteúdo
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