COMANDANTE DO EXÉRCITO DIZ QUE BRASIL “ESTÁ À DERIVA” E FALA SOBRE O CLAMOR POR INTERVENÇÃO MILITAR
Sociedade Militar – RJ / A crise
carcerária foi atenuada, a crise na segurança pública dos estados cada
vez aumenta, no Rio de Janeiro oficialidade e praças da polícia chegaram
a se desentender em muitos quartéis. No Espírito Santo centenas de
policiais possivelmente serão demitidos e presos e temos quase certeza
que nos próximos 10 dias teremos outra grande crise em algum local do
país, o Brasil está assim.
As Força Armadas nos últimos anos estão
cada vez mais em evidência. Nas semanas que antecederam a queda de Dilma
vários jornais estrangeiros e nacionais mencionaram a possibilidade de
“golpe militar” no país. Os militares apenas observaram os
acontecimentos e se mantém dentro de sua atribuição constitucional.
Contudo, as câmeras continuam apontadas para Exército, Marinha e
Aeronáutica, que para muitos podem ser os “salvadores da pátria” não só
em questões relacionadas à segurança pública nos estados, mas também
como aqueles que podem fazer o país “retornar para os eixos”.
O comandante do Exército foi ouvido essa
semana por grande mídia ligada à economia. Isso também é um claro sinal
de que empresários do Brasil e exterior estão interessados no
posicionamento dos militares brasileiros e, sobretudo, em sua disposição
ou não de intervir no desenrolar das questões políticas do país.
“Somos um país que está à
deriva, que não sabe o que pretende ser, o que quer ser e o que deve
ser”, disse o Comandante do Exército.
Intervenção Militar
O general, aparentemente mais tranquilo
do que na vez que chamou parte dos intervencionistas de “tresloucados”,
disse que “Interpreto o desejo daqueles que pedem intervenção militar ao
fato de as Forças Armadas serem identificadas como reduto onde esses
valores foram preservados. No entendimento que temos, e que talvez essa
seja a diferença em relação a 1964, é que o país tem instituições
funcionando.
O general disse que não ocorrerá
intervenção: “A sociedade tem que buscar esse caminho, tem que aprender
por si. Jamais seremos causadores de alguma instabilidade.”
Segurança pública e polícia
O general discorda das sugestões de que
as Forças Armadas podem substituir a polícia. Ele citou como exemplo o
emprego em favelas no Rio de Janeiro que não resultaram em solução do
problema do tráfico de drogas e criminalidade em geral. Segundo o
general, a operação custou 1 milhão por dia, totalizando 400 milhões de
reais, e poucos dias depois da saída dos militares a organização do
tráfico e criminalidade em geral retornou ao estado anterior.
A entrevista foi dada ao Valor Econômico - Revista Sociedade Militar
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