Delegado nega ter divulgado vídeo de condução coercitiva do ex-presidente Lula
De acordo com a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe do filme PF - a Lei é Para Todos, teve acesso ao vídeo da condução coercitiva do petista - Foto: Roberto Parizotti /CUT/Divulgação |
O delegado Igor Romário de Paula, da
força-tarefa da Lava-Jato no Paraná, afirmou em ofício encaminhado ao
juiz Sérgio Moro que nenhuma imagem feita durante a condução coercitiva
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março do ano passado, foi
cedida “a qualquer pessoa, empresa ou veículo de comunicação” pela
Polícia Federal.
O delegado reiterou que foram adotados na operação os mesmos parâmetros de ações da PF.
A defesa do ex-presidente contestou a
manifestação do delegado e citou depoimentos dos envolvidos no filme “PF
– a Lei é Para Todos” à imprensa, em que afirmam que a equipe de
filmagem teve acesso ao vídeo da condução coercitiva do petista.
Os advogados de Lula reiteraram pedido
feito a Moro no dia 22 para que a produção do filme não use as filmagens
da PF nem a revista Veja divulgue o vídeo. Os advogados pedem ainda que
seja apurada a eventual responsabilidade criminal de agentes públicos
que estariam envolvidos no suposto vazamento.
Caso Moro não acate o primeiro pedido,
os advogados de Lula querem que sejam ouvidas pessoas que “confessaram
ter tido acesso às gravações”.
Censura
Em decisão de sexta-feira, Moro apontou
que não caberia a ele decidir sobre censura à produção do filme ou a
veículos de comunicação, e pediu à PF explicações sobre o suposto vídeo
em cinco dias.
“Em momento algum as imagens feitas
naquela data foram fornecidas a terceiros, sendo anexadas ao processo
eletrônico correspondente somente imagens do depoimento realizado e
posteriormente degravado”, disse o delegado.
A produção do filme afirmou que a obra é
inspirada em fatos reais e a contribuição da PF se deu no sentido de
pesquisa de material. A reportagem entrou em contato com a Veja, mas não
obteve resposta até a conclusão desta edição. (Com Agência Estado)
Fonte: ESTADO DE MINAS
Fonte: ESTADO DE MINAS
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