Gleisi Roffmann ré no Supremo, acovardada, baixa o tom, vira “gatinha mansa”. Presa não fala, nem grita
Gleisi Hoffmann, a paladina da verdade,
da moral, dos bons costumes e contumaz defensora da idéia de que Dilma
foi vítima de “UM GÓPI”, caiu! O STF decidiu ontem, 27 de setembro,
receber uma denúncia do MPF, onde a senadora e seu marido Paulo
Bernardo são acusados da prática de corrupção ativa – recebimento
indevido de 1 milhão de reais – oriundos de ações criminosas para
financiar campanha eleitoral no Paraná. Ao final, comprovada a prática
delituosa, o STF poderá decidir pela perda do mandato da senadora e,
possivelmente, a uma condenação penal que a levará para a cadeia.
A senadora Gleisi Hoffmann foi fisgada
pela Lava Jato logo nos primeiros meses da investigação. Os policiais
descobriram que ela recebera 1 milhão de reais em propinas desviadas da
Petrobras. Dinheiro repassado por doleiros. Era o fio da meada de um
escândalo muito maior para o casal mais poderoso da Esplanada. O
escritório de advocacia de Curitiba para o qual o dinheiro era desviado
gozava da confiança absoluta de Paulo Bernardo e Gleisi — um de seus
sócios, Guilherme Gonçalves, era encarregado de defender a senadora em
processos na Justiça. Era o álibi perfeito. A Consist fazia de conta que
pagava pelos serviços de advocacia e os advogados pagavam as despesas
do casal sem deixar rastros. Descobertos, todos entoaram o mesmo mantra.
Paulo Bernardo não sabia de nada. Gleisi não sabia de nada. O advogado
Guilherme Gonçalves, que também defendeu a ex-presidente Dilma em
processos no Tribunal Superior Eleitoral, não sabia de nada.
Nota da senadora sobre a decisão do STF que determinou a abertura de processo contra a senadora e seu marido, Paulo Bernardo.
“Embora nutra respeito pela Justiça de
nosso País, é com profunda tristeza que recebo a decisão da 2ª Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF) de acatar a denúncia formulada contra mim
e meu marido pela Procuradoria Geral da República.
Em seu voto, o ministro relator Teori
Zavascki concluiu dizendo que não dá para ter certeza de que os fatos
ocorreram, mas que nesse momento basta uma dúvida razoável para aceitar a
denúncia. Agora, pelo menos terei, no julgamento do STF, o benefício da
dúvida. Estou ciente de que o Supremo Tribunal Federal, ao analisar com
profundidade o que foi apresentado nos autos, saberá julgar com
serenidade, imparcialidade e isenção esse processo. Tais requisitos
faltaram em outras instâncias. Por isso, vejo a decisão desta
terça-feira como uma nova oportunidade de provar, sem sombra de dúvidas,
a nossa inocência.
Desde o início desse lamentável
episódio, quando injustamente fomos indiciados pela Polícia Federal,
insistimos à exaustão que não há uma única prova concreta que aponte o
recebimento de recursos ilícitos para minha campanha ao Senado, em 2010.
Como o meu advogado Rodrigo Mudrovitsch
voltou a enfatizar hoje da tribuna do STF, a denúncia da PGR se baseia
unicamente em questionáveis delações do doleiro Alberto Yousseff, do
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do sócio do doleiro,
Antonio Carlos Pieruccini. Em sua delação, essa pessoa disse que
transportou a suposta propina para minha campanha, em dinheiro, de São
Paulo para Curitiba, em quatro viagens. Ele afirmou ainda que entregou a
quantia para o empresário Ernesto Kugler, que sempre negou o fato.
Se Pieruccini esteve realmente quatro
vezes com o empresário, por que a Polícia Federal não obteve provas
físicas desses encontros? A bem da verdade, a denúncia sequer aponta
qualquer ato concreto cometido. Baseia-se apenas em especulações que não
são compatíveis com o que se espera de uma acusação penal.
São inúmeras as contradições nos
depoimentos dos delatores que embasam a denúncia, as quais tiram toda a
credibilidade das supostas delações. Um deles apresentou, nada mais,
nada menos, do que seis versões diferentes para esses fatos, o que
comprova ainda mais que eles não existiram. Tenho certeza que a verdade
prevalecerá.”
Jornal do País
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