domingo, 19 de fevereiro de 2017

Bastidores do STF

Em jantar, no ano passado, aflito, Teori Zavascki relatou movimentação estranha no STF

Publicado por: Amara Alcântara

teori-santo
Na quarta-feira (15), O Supremo Tribunal Federal (#STF) negou a liberdade para o ex-deputado Eduardo Cunha. De acordo com o decano Celso de Mello, a decisão do juiz federal Sérgio Moro é consistente e segue a ordem jurídica do STF, por isso, está mantido a prisão de Cunha.
Mas, nem dois dias se passaram e nesta sexta (17), os ministros decidiram discutir, em carácter reservado, a possibilidade de livrar o ex-presidente da Câmara da prisão. Segundo os ministros, ele pode ser solto devido a concessão de um habeas corpus que está pendente no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Desde o ano passado, já surgiam articulações a favor de Cunha. Na época, o relator do processo do ex-deputado era o ministro #Teori Zavascki, que morreu em um acidente aéreo. De acordo com informações, Teori estava incomodado com suposta ajuda ao detento e com as movimentações da Segunda Turma do STF. A Segunda Turma queria de qualquer jeito livrar o ex-presidente da Câmara da prisão. Faziam parte dessa Turma, além do falecido Teori, os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.
Jantar
Durante um jantar com os colegas da Corte, em dezembro, Teori disse que alguém havia o alertado sobre a intenção de soltarem o peemedebista. O ministro, que faleceu, chegou a tirar do colegiado um protocolo dos advogados de Cunha que pediam a sua soltura, para tentar evitar qualquer “manobra” da Corte.
De acordo com informações de pessoas que foram ao jantar com Teori, ele disse ter ouvido que ministros da Segunda Turma estavam certos de que Cunha livre seria melhor para manter a estabilidade no país. O grande medo desses ministros é que a delação do peemedebista causasse uma turbulência sem limites na política brasileira, já que ele tem em seu celular mensagens e informações de grandes empresários, congressistas e alto escalão do governo.
Gilmar Mendes
Nesse mês, o ministro Gilmar Mendes chegou a criticar a prisão preventiva de condenados determinada pelos juízes de Curitiba. Ele disse que as prisões são muito alongadas. O juiz Sérgio Moro comentou, que se depender dele, Cunha continua preso.
Fonte: Blasting News

Nenhum comentário:

Postar um comentário