Neymar vai ao Carf para se livrar de multa de R$ 188 milhões
Com o valor já bloqueado pela justiça, o atacante
brasileiro Neymar é acusado de sonegar o imposto de renda referente a
valores recebidos como patrocínio; Receita acredita que Neymar teria
criado empresas familiares ilegalmente para pagar menos impostos,
declarando como rendimento de publicidade valores que teria recebido
como salário entre 2011 e 2013, período que inclui a transferência para o
Barcelona.
Do Infomoney -
Acusado de sonegação, o jogador Neymar Jr. irá recorrer no Carf
(Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) de uma multa de R$ 188
milhões nesta quinta-feira, de acordo com a Agência Estado. Esta é sua
última chance na esfera administrativa de se livrar da multa.
Com o valor já bloqueado pela justiça, o atacante é
acusado de sonegar o imposto de renda referente a valores recebidos como
patrocínio. A Receita acredita que Neymar teria criado empresas
familiares ilegalmente para pagar menos impostos, declarando como
rendimento de publicidade valores que teria recebido como salário entre
2011 e 2013, período que inclui a transferência para o Barcelona.
O total de rendimento para pessoa física é tributado
em 27,5%; para pessoa jurídica, ele parte de 15% e chega ao mesmo valor.
A defesa afirma que não fez nada de errado e que os tributos como
pessoa física deveriam recair apenas sobre o salário de jogador.
O caso de Neymar é semelhante ao do tenista Guga, que
se defendeu de um processo de R$ 7 milhões no ano passado para
justificar uma empresa no nome de seu irmão que fora criada para
gerenciar sua carreira. A Receita concluiu, neste caso, que o objetivo
real era pagar menos impostos.
Ministério Público espanhol
A situação com o Carf não é a única que assola
Neymar. Em novembro de 2016, o MP espanhol abriu um pedido de prisão
contra o jogador.
De acordo com a queixa do fundo de investimento DIS,
que antes detinha os direitos do atacante, ele e sua família agiram de
forma corrupta e simularam contratos, o que configura estelionato. O
documento reivindica porcentagem maior na transação financeira de Neymar
para a Espanha.
Além do jogador, que pode ficar preso por dois anos, a
acusação recomenda a detenção do antigo presidente do time, Sandro
Rosell, considerado responsável pelo contrato. Os nomes de Odilio
Rodrigues, presidente do Santos na época, e do pai de Neymar também
aparecem entre os pedidos de prisão da DIS, de acordo com a mídia.
O fundo pede indenizações de 159 milhões de euros e
195 milhões de euros por conta da transferência, de acordo com o Globo
Esporte. A família de Neymar teria multa de 10 milhões.
Brasil 247
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