“Quantidade de mortos vai ser no mínimo 100”, diz agente penitenciário ao sair de serviço em Alcaçuz
Publicado por: Carlos Rocha
Os policiais e agentes penitenciários que
trabalharam durante a noite em Alcaçuz, no município de Nísia Floresta,
região metropolitana de Natal, acreditam que o número de presos mortos
no confronto de facções supera 100. O confronto já terminou e os presos
estão custodiados pelas forças de seguranças.
“O que podemos averiguar até o momento é que a rebelião de Manaus vai ser fichinha, viu. Porque a rebelião de Manaus foram constatado 60 mortes. (…) em Alcaçuz são no mínimo 100”, revela o agente penitenciário (nome preservado).
“O que podemos averiguar até o momento é que a rebelião de Manaus vai ser fichinha, viu. Porque a rebelião de Manaus foram constatado 60 mortes. (…) em Alcaçuz são no mínimo 100”, revela o agente penitenciário (nome preservado).
Outro agente de segurança que fez contato com o MOSSORÓ HOJE relatou que
os agentes de segurança começaram o levantamento nos 5 pavilhões. Ainda
não chegaram ao pavilhão IV. “A gente só vê eles jogando cabeços por
cima muro”, narra.
Perto de meio dia, os secretário de segurança, Caio César e Justiça e
Cidadania, Walber Virgulino, declaram que os presos autores da chacina
serão identificados e punidos. Revelou que o primeiro levantamento deve
ser concluído até o final do dia.
O secretário de segurança Caio César destacou que o confronto foi dentro de Alcaçuz e que isto não se espalhou para as outras unidades prisionais do RN. Ele voltou a dizer que a população poderia ficar tranquila, pois não houve fugas.
O secretário de segurança Caio César destacou que o confronto foi dentro de Alcaçuz e que isto não se espalhou para as outras unidades prisionais do RN. Ele voltou a dizer que a população poderia ficar tranquila, pois não houve fugas.
Fora de Alcaçuz, centenas de familiares de presos aguardam por
informações, que os agentes penitenciários e demais autoridades de
segurança, não tem como fornecer, pois não tem identificação oficial de
quem morreu e de quem está vivo.
O levantamento de quantos mortes deve ser concluído no final do dia,
dependendo da qualidade e de como estes corpos estão dentro dos
pavilhões. O trabalho é demorado, pois muitos dos corpos estão com as
cabeças e outros órgãos decapitados.
O local com o maior número de mortos, segundo o agente penitenciário
no audio acima, é o pavilhão IV. Esta unidade, no entanto, ainda não foi
averiguada pelas equipes de policiais e peritos. Ele destaca que com
certeza só no IV tem mais de 100 presos mortos.
O agente mandou mensagem de agradecimento aos amigos pelo apoio e por
ter saído vivos do motim, que segundo ele, é muito superior à tragédia
de Manaus em número de mortos.
No Governo do Estado, a informação era que havia confirmação de pelo
menos 10 mortes. 12, talvez. Entretanto, os atos do governo indicam que
este número é bem maior.
Logo na noite deste sábado, 14, teriam sido feitos contatos com os
governos da Paraíba e do Ceará para enviar médicos legistas para ajudar
nos exames identificação dos corpos.
Outro fator que chama atenção é que o Governo do Estado contratou uma
carreta com câmara frigorifica para acomodar os corpos. Ou seja, não são
só 10 ou 12 mortos.
O Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP), segundo o chefe de gabinete Thiago Tadeu, revelou ao G1, está se preparando para examinar 100 ou mais corpos.
Contenção
O Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP), segundo o chefe de gabinete Thiago Tadeu, revelou ao G1, está se preparando para examinar 100 ou mais corpos.
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Dentro de Alcaçuz as imagens captadas por cima do muro mostram centenas
de presos nus, em fila, sendo vigiados de perto por policiais fortemente
armados, enquanto que outros policiais e peritos vistoriam as condições
físicas dos pavilhões. Os mais de 1.150 presos praticamente destruíram
toda as estrutura interna do presídio.
Créditos: Mossoró Hoje
Créditos: Mossoró Hoje
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