Mulher é condenada à prisão perpétua por matar, retalhar e esconder corpos de marido e amante
Um
caso de crime na Áustria está chamando a atenção da imprensa
internacional: isso porque uma mulher condenada à prisão perpétua,
apelidada como “assassina do sorvete”, foi considerada tão perigosa pela
Justiça do país que será transferida de sua unidade de detenção atual
para um centro especial em Asten, a mais de 150 km da capital Viena.
Nascida na Espanha, Estibaliz Carranza, de 38 anos, é culpada pelo
assassinato de seu ex-marido e de seu amante, em 2008 e 2010,
respectivamente. Em ambos os crimes, a assassina atirou na nuca dos
sorveteiros, praticamente à queima-roupa.
Depois de matar os homens, ela usou uma serra elétrica para retalhar os
corpos e escondeu os pedaços embaixo de concreto, no piso do depósito de
sua sorveteria. Ela acreditava ter saído impune pelos crimes quando, em
2012, foi necessária fazer uma manutenção no local e os trabalhadores
encontraram os restos mortais.
Durante o encarceramento, Carranza escreveu um livro de memórias com
ajuda de uma jornalista. Nele, conta suas motivações para cometer os
crimes, o modo como matou os dois homens, a arma que usou e outros
detalhes sórdidos.
“Eu matei dois homens a quem um dia amei. Não tem como maquiar este
fato, eu roubei duas mães de seus filhos. Eu acreditava que precisava
servir aos homens, independente de como se comportassem”, escreveu em
seu livro.
Após avaliação psiquiátrica foi determinado que a mulher é “mentalmente
anormal”, perigosa e como uma “princesa... que só quer ser salva por um
homem”. Além disso, profissionais acreditam que ela possa voltar a
cometer assassinatos caso não receba tratamento.
De acordo com o tabloide britânico “The Mirror”, os advogados de
Carranza esperam que eventualmente ela possa ser transferida para uma
prisão espanhola, de onde é nativa, mas para isso é necessário que ela
seja considerada curada.
A unidade para a qual foi realocada conta com tecnologia de ponta e
abriga 91 homens. Após a mudança da “assassina do sorvete”, outras 13
mulheres devem ser recebidas pelo local. Os detentos são livres para
circular pelo centro, que conta com alojamentos individuais e duplos e
permite que os infratores cozinhem juntos e há uma sala de televisão.
Apesar do luxo, não se deixe enganar: a vigilância permanece 24 horas
por dia. Para as 91 pessoas encarceradas atualmente no centro, a equipe
conta com 45 enfermeiras, 18 terapeutas, quatro médicos e oito guardas
em serviço.
Na unidade de detenção onde está presa atualmente, Estibaliz Carranza
está estudando administração. É esperado que a assassina continue seus
estudos mesmo após a transferência para o novo centro.
Fonte: Último Segundo - iG
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