Flávio Bolsonaro diz que, se eleito, Rio de Janeiro não patrocinará Parada Gay
Rio
– O candidato do PSC à prefeitura do Rio, deputado estadual Flávio
Bolsonaro, anunciou que, se eleito, não destinará recursos à Parada Gay,
como faz o atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB), e gerou grande
discussão nas redes sociais. Filho do deputado federal Jair Bolsonaro
(PSC-RJ), o candidato também pretende extinguir a Coordenadoria Especial
da Diversidade Sexual (Ceds), criada por Paes e ligada ao gabinete do
prefeito, e promete a criação de uma Secretaria de Direitos Humanos, que
dará atenção, segundo Bolsonaro, a vítimas de todo tipo de crime.
Bolsonaro
argumenta que a prefeitura, a partir do ano que vem, estará em situação
financeira “muito difícil” e será preciso dar prioridade a gastos
essenciais, como saúde e educação. “Se a gente tiver um real, você
prefere investir na Parada Gay ou na compra de remédio para o hospital?
Esse evento se mantém sozinho, ele não precisa de dinheiro público”,
disse o candidato em entrevista ao jornal Extra.
“Nunca terá meu
voto”, reagiu um internauta à notícia sobre o fim do patrocínio
municipal à Parada Gay. “A parada vai acontecer de qualquer maneira,
esse evento movimenta a economia da cidade”, afirmou outro. Alguns
eleitores apoiaram o Bolsonaro. “Tem que acabar com dinheiro público
para a Parada Gay, a Marcha com Cristo e o carnaval”, defendeu um deles.
“Dinheiro do poder público não é para isso”, afirmou um admirador da
família Bolsonaro.
Em 2013, a prefeitura do Rio destinou R$ 628
mil à Parada Gay. No ano seguinte, foram R$ 340 mil. Este ano, Paes fez
um aporte mais abrangente: destinou R$ 800 mil para produções de
temática LGBT, dentro do Programa de Fomento às Artes.
Estadão
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