FHC prevê prisão de Lula e admite morte do PSDB
Um dos principais articuladores do golpe de 2016, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que empurrou seu partido para
uma guerra irracional com o PT, prevê agora o surgimento de um populista
como Donald Trump no Brasil e diz que o próprio PSDB é parte da
"velharia da política"; ele diz não acreditar na versão de Lula sobre o
sítio em Atibaia e o apartamento no Guarujá; recentemente, FHC foi
acusado pela ex-amante, Miriam Dutra, de ter apartamentos em Paris e
Nova York, além de uma fazenda em Minas, em nome de um laranja.
247 – O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, um dos principais articuladores do golpe de 2016,
admite que seu próprio partido, o PSDB, é parte da "velharia da
política". "Parece, infelizmente me parece [que PSDB e PT integram a
velharia]", disse.
"Infelizmente, nós não fomos capazes de superar esses
entraves enormes, que eu chamo de atraso. Não é direita e esquerda. É
outra coisa, é cultural. São pessoas que querem tirar proveito do
Estado", comentou, em entrevista ao jornalista Josias de Souza, do
portal UOL, publicada nesta quarta-feira 7.
Sobre o ex-presidente Lula, ele diz não acreditar na
versão do petista sobre o sítio em Atibaia e o apartamento no Guarujá.
"É difícil colar", diz FHC. "É difícil porque houve uso reiterado dos
bens. É claro que a Justiça vai ter que provar. Às vezes não é fácil
provar", acrescenta.
Recentemente, o tucano foi acusado pela ex-amante,
Miriam Dutra, de ter apartamentos em Paris e Nova York, além de uma
fazenda em Minas, em nome de um laranja (leia aqui).
Ele prevê ainda a prisão de Lula. Em sua opinião, há
dúvida de que "há o risco" de Lula ser remetido à cadeia. "Risco não só
para ele, para todos nós, pelas consequências disso", afirma.
A eventual prisão de Lula, segundo FHC, será "uma
questão delicada do ponto de vista político". "Imagino que os
procuradores e os juízes estão numa situação complicada, porque eles têm
a lei. Se houver fatos, o que o juiz vai fazer?", questiona.
O ex-presidente prevê no Brasil o surgimento de um
populista como Donald Trump. "Pode [surgir um Trump], porque a descrença
nos partidos é muito ampla, sobretudo nos mais jovens", afirma. "Há uma
desconexão. É mundial. Para dizer de uma maneira mais genérica: a
democracia representativa liberal está em crise porque não há mais essa
conexão entre classe, partido e poder".
Brasil 247
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