Engenheiro paraibano é preso na Rússia acusado de tráfico de drogas
Na
noite da última segunda-feira, 29 de agosto, o engenheiro eletrônico
paraibano, pesquisador de saúde quântica, Eduardo Chianca, 66, deixou o
Recife, onde vive, rumo a uma turnê internacional de palestras. A
viagem, que a princípio passaria por cinco países, foi interrompida na
primeira parada, na Rússia, onde Chianca foi apontado como traficante de
drogas por carregar ayahuasca, um chá utilizado em terapias e rituais.
Sem contato com ele desde que desembarcou em Moscou, a família tenta
driblar os obstáculos burocráticos e diplomáticos e trazê-lo de volta
para casa.
O chá levado por Chianca é usado em uma
técnica desenvolvida por ele mesmo, em 2006, que lhe rendeu
reconhecimento internacional. A Frequências de Luz,
como foi batizada, é uma técnica holística multidimensional energética
de cura, que trabalha os diagnósticos a partir da leitura dos chacras e
seu equilíbrio. Era sobre esta técnica que falaria também na Ucrânia,
Suíça, Holanda e Espanha, antes de ser preso na Rússia.
Dentro
do líquido usado por Chianca, segundo as autoridades russas, está o
componente do DMT, droga sintética usada de forma recreativa no Brasil e
em outros países. Segundo Patrícia Junqueira, companheira do
pesquisador, trata-se de um grande equívoco. “O Eduardo está sujeito a
ignorância de um país fechado, retrógrado, é uma situação absurda o que
está acontecendo porque eles simplesmente se confundiram”, revolta-se.
“É
como se ele fosse um nativo boliviano que carregasse folhas de coca,
que é uma planta normal usada para subir o morro e não ter alteração de
pressão sanguínea, e fosse preso como traficante de cocaína, é isso que
está acontecendo”, denuncia Junqueira. “A técnica dele é muito poderosa,
é a missão de vida de Eduardo, que tem sido um terapeuta, palestrante e
formador de terapeutas relevante no Brasil e em outros países. Parte
dessa técnica exige um trabalho xamânico e por causa desse conhecimento
ele é tratado e conhecido como um xamã em várias partes do mundo. É um
absurdo o que está acontecendo.”
Logo que soube do
acontecido, por uma russa que atuaria como intérprete de Chianca, sua
companheira acionou a embaixada do Brasil na Rússia, mas, apesar do bom
atendimento e acolhimento, ela conta que as informações nem chegam até o
governo brasileiro. “Muitas das coisas que a embaixada sabe é porque eu
conto, ainda nem foram comunicados oficialmente”, revelou Junqueira,
que também está surpresa com a repercussão do caso do país. “As matérias
locais são inacreditáveis. Ele é tratado como um traficante. Um
desrespeito imenso a uma pessoa que tem um trabalho de luz, ajuda a
humanidade, e também a uma cultura e religião relacionadas a medicina
sagrada da América Latina”, relatou, contando que acredita que o marido
está sendo “usado” pelas autoridades locais. “A partir de 2013 eles
criminalizaram o porte e o transporte, acho, de DMT e acho que estão
fazendo meu marido de Cristo.”
Caso tivesse seguido
o roteiro pré-elaborado para a viagem, Chianca desembarcaria no Recife
de volta no dia 17 de outubro. Sem conseguir falar com o companheiro
desde que ele viajou, Patrícia Junqueira soube por terceiros que ele
passou mal depois de uma alteração na pressão arterial mas conta que,
apesar disso, não se entregou à tristeza.
“Apesar
disso eu acho que ele está bem assistido, no limite da arrogância e
descaso daquele país em tratar devidamente alguém do ponto de vista dos
direitos humanos. Arrumei uma força que não sabia que tinha, tenho uma
tranquilidade que não é própria de uma esposa nessa situação, mas é pelo
trabalho dele, que tão grandioso, por essa cura. E eu não estou falando
de orgulho humano, estou falando que a missão de vida dele é tão
superior que vejo, sinto e vivencio desde que tudo aconteceu, essa força
atuando na minha vida.”
Sem respostas da
embaixada, Patrícia Junqueira ainda não sabe quando vai ver o marido de
novo, mas não tem nenhuma dúvida que isso acontecerá.
MaisPB com Diário de Pernambuco
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