quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Alerta da Unicef

Vítimas de guerras, violências e perseguições, 50 milhões de crianças vivem ‘deslocadas’ no mundo, alerta Unicef

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Ao menos 50 milhões de crianças vivem “deslocadas” no mundo após abandonarem seus lares em consequência de guerras, violência e perseguições, alerta nesta quarta-feira (7) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
No final de 2015, ao menos 31 milhões de crianças viviam refugiadas no exterior e 17 milhões estavam deslocadas em seus próprios países.
“As imagens indeléveis das crianças vítimas – o pequeno corpo de Alan Kurdi encontrado em uma praia afogado ou o olhar perdido no rosto ensanguentado de Omran Daqneesh, sentado em uma ambulância após a destruição de sua casa – sacudiram o mundo inteiro”, disse Anthony Lake, diretor-geral da Unicef.
“Cada foto, cada menina ou menino simbolizam milhões de crianças em perigo e necessitamos que a compaixão que sentimos pelas vítimas que podemos ver se traduza em uma ação a favor de todas as crianças”.
Do total de 50 milhões de crianças “deslocadas”, uma avaliação “prudente” da Unicef indica que 28 milhões foram expulsas de suas casas por conflitos e têm uma necessidade urgente de ajuda humanitária e de acesso aos serviços essenciais.
Outras 20 milhões de crianças deixaram suas casas devido à extrema pobreza ou diante da violência de grupos criminosos.
“Muitos correm o risco de serem maltratados ou detidos, diante da falta de documentos ou de um estatuto jurídico preciso”, destaca a Unicef.
A agência da ONU observa ainda que as crianças representam uma parte desproporcional e crescente” das pessoas que buscam refúgio fora de seu país de nascimento: são quase a metade dos refugiados para um terço da população mundial.
Em 2015, em torno de 45% das crianças refugiadas sob a proteção da ONU eram originários de Síria e Afeganistão.
Diante deste panorama, a Unicef conclamou as autoridades a acabar com a detenção de crianças imigrantes e de solicitantes do status de refugiado, a não separá-los de suas famílias, a permitir seu acesso aos serviços de saúde e a promover a luta contra a xenofobia e a discriminação.
France Presse

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