Dois bebês nascem com microcefalia associada ao vírus da zika na Califórnia
Mosquito Aedes aegypty |
Dois
bebês nasceram com microcefalia na Califórnia após suas mães terem
contraído o vírus zika durante a gravidez, disseram as autoridades nesta
quinta-feira (4).
São os primeiros casos de microcefalia associada ao vírus da zika no estado.
O
Departamento de Saúde Pública da Califórnia (CDPH) não revelou de onde
as mães eram, mas disse que elas foram infectadas este ano em um país
onde o vírus zika é endêmico.
“Embora mosquitos que podem
transportar o vírus tenham sido encontrados em 12 condados da
Califórnia, não há nenhuma evidência de que esses mosquitos estão
transmitindo zika no estado neste momento”, disse o CDPH.
O estado
registrou 114 casos de infecções pelo zika, todos em pessoas que tinham
viajado para regiões afetadas pelo vírus, em 22 condados da Califórnia
desde 29 de julho.
Na segunda-feira, as autoridades da Flórida
informaram que foram registrados 14 casos de zika em Miami, os primeiros
transmitidos localmente por mosquitos nos Estados Unidos continental.
“Este
é um lembrete para os californianos de que o zika pode causar sérios
danos a um feto em desenvolvimento”, disse a diretora do CDPH, Karen
Smith, pedindo às mulheres grávidas que evitem áreas com transmissão do
zika.
Não existe cura para o vírus, que causa sintomas brandos
como erupção cutânea, dor articular ou infecção ocular. Em 80% dos
casos, a infecção passa despercebida.
No entanto, o zika é
particularmente perigoso para as mulheres grávidas, visto que pode
causar danos permanentes ao feto em desenvolvimento, incluindo a
microcefalia, uma condição na qual o bebê nasce com o crânio e o cérebro
menores que a média.
Os cientistas estão lutando para encontrar
uma maneira de conter o vírus, que está se espalhando em 50 países e
territórios, principalmente na América Latina, no Caribe e no estado
americano da Flórida.
G1
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