Torcida dá show, mas Brasil é derrotado pelo Canadá e fica sem o bronze
A
seleção brasileira feminina de futebol ficou apenas com o 4º lugar nas
Olimpíadas do Rio de Janeiro. Nitidamente abatidas na partida desta
sexta-feira (19), as meninas não suportaram o Canadá e foram derrotadas
por 2 a 1 em plena Arena Corinthians, em São Paulo. Os gols foram
marcados por Rose e por Sinclair. As canadenses repetem o resultado de
Londres, em 2012.
Mais do que a dor da derrota, a seleção vive
agora a expectativa de saber como será o futuro da modalidade. A exemplo
do que sempre acontece após o ciclo olímpico, as mulheres não sabem
qual o tamanho do apoio que terão no país, especialmente para o
desenvolvimento de novas jogadoras. A medalha de ouro será decidida
ainda nesta sexta-feira, entre Suécia e Alemanha, às 17h30.
O que
não faltou foi o apoio da torcida. Desde o trajeto durante no metrô e
nas ruas, o clima era completamente dominado pelo otimismo da torcida,
composta, em sua maioria, por famílias. Por vezes, o apoio superava até o
que se viu em São Paulo no jogo entre Brasil e Colômbia, nas quartas de
final do futebol masculino.
Apesar disso, aos 8 minutos, o Canadá
mostrou que não se importaria com toda a pressão. Sinclair bateu falta
na entrada da área e acertou o travessão de Bárbara naquele que seria só
o primeiro susto para a torcida brasileira.
As visitantes
mantiveram a pressão e o sufoco. Aparentemente, estavam sobrando no
aspecto físico. Aos 25 minutos, Lawrence puxou contra-ataque e tocou
para Rose completar quase que livre para o gol. Depois, foi controlar a
vantagem e explorar os erros brasileiros para não correr muitos riscos.
Marta
e Cristiane, as duas melhores jogadoras da seleção, não apareceram
muito para o jogo. A primeira foi muito bem marcada e mostrou certa
irritação por não conseguir desenvolver o bom futebol. Em uma reposição
errada do gândula, por exemplo, chutou a bola longe e esbravejou. No
apito final, deixou o campo antes de todas as companheiras, cabisbaixa e
reclamando.
Cristiane, por sua vez, mostrou que não estava em dia
fisicamente após se recuperar de uma lesão na coxa. Também bem marcada,
ela não apareceu e foi substituída no intervalo pelo técnico Vadão.
Muita posse de bola e pouca chance de gol
Logo
aos 7 minutos de jogo, o Canadá dificultou ainda mais a missão
brasileira de dar alegria para os presentes na Arena. Lawrence tocou
para Sinclair, que ganhou sem dificuldades da zaga brasileira e aumentou
o placar. Ainda assim, a torcida tentou apoiar e soltou o tradicional
grito de “Eu acredito!”.
O time tinha bastante a posse de bola,
mas não adiantou. Aos 10 minutos do segundo tempo, o Brasil teve a sua
primeira chance de balançar a rede do Canadá. Depois de bate-rebate,
Formiga cabeceou para a área e achou Rafaelle enfiada entre as
zagueiras. Ela cabeceou à direita da goleira. Depois, em lance parecido,
Debinha desviou cruzamento de Marta também para fora.
As
canadenses apenas se seguraram atrás e exploraram os constantes erros
brasileiros. De todos os tipos. No penúltimo passes antes de concluir a
gol, na saída de bola na defesa e na exposição demasiada ao tentar
diminuir o placar. A tática foi explorar o contra-ataque e ficar mais
perto de marcar o terceiro do que sofrer o primeiro.
O gol
brasileiro veio já aos 33 minutos do 2º tempo, para a explosão da
torcida que clamava por um gol. Bia girou em cima da zaga adversária
para diminuir a diferença e dar esperança ao público. Mas foi só.
Uol
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