Membro do Comitê Olímpico Internacional - COI é preso por venda de ingressos
A
polícia do Rio prendeu na manhã desta quarta-feira o irlandês Patrick
Hickey, membro do Comitê Executivo do Comitê Olímpico Internacional
(COI), em um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Patrick foi
preso por suspeita de facilitação ao cambismo, marketing de emboscada e
formação de quadrilha, como mostrou o Bom Dia Rio. Ele passou mal e
teve de receber atendimento médico e ser encaminhado para o hospital
Samaritano, também na Barra.
O mandado de prisão foi expedido pela
juíza Mariana Chu, do Juizado de Torcedores e de Grandes Eventos do
Tribunal de Justiça do Rio. Outros três mandados, segundo a Delegacia de
Defraudações, também foram expedidos, porém sem cumprimento até as
8h10. No início da tarde, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
informou que também foi decretada a prisão preventiva dos irlandeses Ken
Murray, Eamonn Anthony Stephen Collins e do britânico Michael Glynn,
todos integrantes do COI.
– A prisão preventiva assegura a
conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal, já que
todos os envolvidos são estrangeiros e não possuem residência fixa no
país, de forma que parece previsível que, caso permaneçam em liberdade,
se evadirão do distrito da culpa. Cito como exemplo o caso de James
Sinton, então Presidente do Grupo Marcus Evans na época da Copa do Mundo
de 2014, o qual, tão logo colocado em liberdade, evadiu-se para seu
país de origem – cita a juíza ao site do TJ-RJ.
Patrick também é
presidente do Comitê Olímpico da Irlanda. Segundo a Delegacia de
Defraudações, o Comitê Olímpico da Irlanda contratou a empresa Pro 100
para vender ingressos da Olimpíada naquele país. Os ingressos foram
repassados à empresa THG, que já está sendo investigada e teve pelo
menos um diretor preso: Kevin James Mallon.
A empresa é controlada
pelo empresário inglês Marcus Evans, que teve a prisão pedida na última
quinta-feira, juntamente com outros três diretores da mesma empresa.
Evans é inclusive dono do time de futebol Ipswich Town, da segunda
divisão inglesa.
Venda a US$ 8 mil dólares
A
empresa THG chegou a vender ingressos para a abertura da Olimpíada por
mais de US$ 8 mil, mas nenhum dos que pagou pelo ingresso conseguiu
assistir à cerimônia: Kevin James Mallon foi preso na tarde do dia 5 de
agosto, em um hotel também na Barra da Tijuca.
A THG foi a empresa
responsável pela venda oficial de ingressos para a Olimpíada de 2012,
em Londres, mas não estava credenciada para repassar ou vender entradas
para os Jogos do Rio. A THG comprou os ingressos por meio da empresa
Cartin, que estava credenciada para essas operações.
– Chegamos a
um hotel na Barra da Tijuca, no qual essa empresa [THG] entregaria os
ingressos aos compradores e os levaria ao Maracanã. Lá, os policiais
agiram – explicou o delegado que comandou a operação.
Os 20
compradores que estavam no hotel foram levados à Cidade da Polícia, no
Jacaré, Zona Norte do Rio, e Kevin James foi preso em flagrante. Em
seguida, a polícia conseguiu um mandado de busca e apreensão, com o qual
781 ingressos oficiais foram recuperados.
– Eram ingressos muito qualificados, para as cerimônias de abertura e encerramento – disse Barbosa.
Segundo ele, os compradores das entradas são considerados apenas testemunhas no caso.
Globo
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