Mulher do Prefeito que liderou #ForaDilma em Campo Grande-MS é presa por corrupção
Publicado por:
Amara Alcântara
O ex-vice-prefeito, afastado da função
de prefeito, Gilmar Antunes Olarte (PROS), já está no Centro de Triagem,
na cela 17, conhecida por abrigar presos “famosos” e com outras 25
pessoas. O corretor Ivamil Rodrigues, considerado braço direito do
ex-vice, também dividirá o local, enquanto a esposa de Olarte, Andréia
Zanetti Olarte, está no presídio feminino, Irma Zorzi. As informações
são do diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração
do Sistema Penitenciário), Airton Stroppa.
Olarte e Ivamil chegaram no Centro de
Triagem por volta das 13 horas e estão na cela 17, conhecida por abrigar
e ter abrigado outros presos “famosos”, como o procurador aposentado
Carlos Alberto Zeolla, e o ex-secretário de Obras de MS, Edson Giroto.
Além dos dois novos ocupantes, a cela tem 24 homens, o que teria de ser a
capacidade máxima.
Já o quarto implicado, Evandro
Farinelli, permanece na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado), onde foi levado na manhã desta
segunda-feira (15). Os quatro são investigados na Operação Pecúnia, que
apontou crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade
ideológica.
Andréia Olarte chegou por volta das
14h10. Ao ser presa, mais cedo, ela e o marido negaram qualquer crime,
afirmaram que todos os bens que possuem foram declarados e que são
vítimas de perseguição.
Ainda de acordo com o Ministério
Público, as investigações começaram com a quebra de sigilo bancário de
Andréia Olarte e de sua empresa, além de informações de que, entre 2014 e
2015, enquanto Gilmar era prefeito, a esposa adquiriu vários imóveis em Campo Grande, alguns em nome de terceiros.
Investigação
As
prisões e os mandados fazem parte da Operação Pecúnia e foram pedidas
por meio da investigação que apura prática de crimes de lavagem de
dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. A ação seria
desdobramento da Operação Adna contra Olarte, cuja investigação atribui a
ele o crime de corrupção passiva. Adna é a sigla da igreja Assembleia
de Deus Nova Aliança, que, em Campo Grande, foi fundada pelo
ex-prefeito.
Os pagamentos teriam sido feitos em
“elevadas quantias”, fazendo-o, ora em dinheiro vivo, ora por
transferências bancárias e depósitos, os quais, “a princípio, são
incompatíveis com a renda do casal”.
Segundo a investigação, Andreia e Gilmar contaram com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis
e que seria braço direito do casal nas aquisições “fraudulentas”.
Evandro Farinelli seria a pessoa que cedia o nome para que as compras
fossem feitas em nome de Andréia Olarte.
Fonte: Humberto Tobé
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