Quadrilha ordenava crimes de dentro dos presídios para assumir controle do tráfico de drogas
As
Polícias Civil e Militar prenderam nesta quinta-feira (4), 12 pessoas
acusadas de integrar uma quadrilha que agia dentro dos presídios da
Paraíba, ordenando roubos e homicídios. As prisões fazem parte da
operação ‘Cárcere’, deflagrada em Itabaiana e João Pessoa. Nas
investigações a polícia identificou que a quadrilha possuía uma ‘lista
da morte’.
Entre os detidos está um técnico em manutenção de
câmeras de segurança que trabalhava nas Penitenciárias PB1, Róger (João
Pessoa) e Serrotão (Campina Grande).
Foram presos: Tarcísio José
da Silva, de 32 anos (é tido como chefe do grupo); Davyd José Melo do
Nascimento, de 26 anos (técnico de câmeras de segurança); Zenaide de
Oliveira, de 42 anos; Luiz Gomes de Lira, de 56 anos; Ivaldo Silva de
Araújo, de 20 anos; Elivan Vicente da Silva, de 21 anos; Iago Ferreira
de Souza, de 22 anos; Keoma da Silva Souza, de 21 anos; Cézar da Silva,
de 31 anos; Petrônio Lucas Dias, de 18 anos; Josemir Cipriano da Silva
Júnior, de 19 anos e Mário de Brito Marinho, de 21 anos.
“Nossa
intenção foi coibir o tráfico de drogas na região de Itabaiana e
prevenir os crimes contra a vida, que vinham sendo executados por uma
quadrilha bem articulada. Os alvos da operação compõem o primeiro e o
segundo escalão do grupo preso e que comandava diversos tipos de crimes
de dentro de unidades prisionais. Outros envolvidos foram identificados e
mais prisões devem ocorrer nos próximos dias”, explicou o delegado Hugo
Helder.
As investigações policiais tiveram início no mês de março
de 2016, após a denúncia de um crime envolvendo um adolescente,
assassinado e esquartejado na cidade de Itabaiana.
“Em nossos
levantamentos, conseguimos identificar que o Tarcísio era apontado como o
mandante do homicídio. Logo depois do assassinato, outras mortes
violentas, além de roubos e incêndios a residências, apareceram e
estavam sempre sendo atribuídas ao mando de Tarcísio, o chefe desse
grande esquema criminoso que desarticulamos”, disse o delegado.
As
investigações também indicaram que Tarcísio e comparsas planejavam uma
série de assassinatos na cidade de Itabaiana, com o intuito de assumir o
tráfico de drogas na região. “Descobrimos uma possível lista da morte,
que já contava com o nome de sete pessoas que provavelmente seriam
executadas”, explicou.
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