Juiz Sérgio Moro põe em liberdade empresário preso na 33ª fase da Lava Jato
O
juiz Federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na
primeira instância, decidiu colocar em liberdade o executivo Marcos
Pereira Reis. Ele era ligado ao consórcio Quip e teve a prisão decretada
na 33ª fase da Lava Jato. O consórcio tinha participação majoritária da
Queiroz Galvão, empresa-alvo da operação.
No despacho, com data
de ontem (9), Moro afirma que a prisão temporária de Reis venceria nesta
terça-feira e que a Polícia Federal alegou não ver necessidade de
manter a prisão. “Considerando que o investigado se apresentou e teria,
ademais, papel subordinado no suposto esquema criminoso, é o caso de
colocá-lo em liberdade”, diz a decisão do juiz.
No texto, Moro
registra ainda que Reis está submetido à investigação e pelo fato de o
executivo ter “conexões com o exterior”, o juiz determinou medidas que
devem ser cumpridas. Uma dessas medidas é o comparecimento aos atos que
tiverem relação com o processo. Ele terá também prazo de três dias para
entregar todos os passaportes que tiver e não poderá deixar o país. O
juiz determinou ainda que a Delegacia de Fronteira seja informada da
decisão e comunicada sobre a proibição de emitir novos passaportes para o
investigado.
Operação
Reis teve o mandado
de prisão temporária expedido na 33ª fase da Operação Lava Jato,
denominada Resta Um. Como estava fora do país no dia em que a operação
foi deflagrada, se entregou dias depois à Polícia Federal em Curitiba. O
executivo havia informado às autoridades que iria se entregar e que
estava providenciando o retorno ao Brasil.
A 33ª fase da Lava Jato
teve como foco irregularidades cometidas pela Construtora Queiroz
Galvão, a terceira em volume de contratos com a Petrobras. A Resta Um
tem por objetivo investigar contratos para obras no Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro e nas refinarias de Abreu e Lima (PE), do
Vale do Paraíba (SP), na Landulpho Alves (BA) e Duque de Caxias (RJ).
Agência Brasil
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