Rômulo alega que ação que resultou em prisão de sargento foi movida pela Casa Militar
TJPB negou provimento a uma apelação movida em favor do militar, que foi condenado por indisciplina militar
Por: Larissa Claro
O
deputado federal Rômulo Gouveia (PSD) esclareceu esta tarde (16) que
não foi responsável pela ação que culminou na prisão do 3º sargento da
Polícia Militar, Júlio Galdino de Santana Filho, acusado de
insubordinação ao então governador em exercício, em 2014. O Tribunal de
Justiça da Paraíba, por meio da Câmara Criminal, negou provimento a uma
apelação movida em favor do militar, que foi condenado a uma pena de um
ano de detenção, em regime inicial aberto.
“Não acompanhei essa decisão até porque, pessoalmente, eu não
determinei absolutamente nada. Não sabia que esse caso ainda tramitava
na Justiça”, disse o deputado, ao esclarecer que a ação foi movida pelo
então chefe da Casa Militar, Coronel Chaves, falecido em um acidente em
2014.
Gouveia ressaltou que não tem interesse em prejudicar o militar e que
o todo o processo foi conduzido pela Casa Militar. “Ele já teve a
punição naquele momento e acho que essa é uma matéria vencida”, declarou
o parlamentar.
Entenda o caso
De acordo com informações do
processo, o sargento e outros soldados foram destacados para aguardar a
comitiva do governador em exercício, no Haras Hugo Mota, em março de
2014. Logo que o então governador em exercício chegou, o proprietário do
Haras teceu algumas palavras e então o militar pediu para falar. A
denúncia do Ministério Público relata que “o militar referido indagou ao
governador sobre a data da implantação do PCCR (Plano de Cargos,
Carreira e Remuneração) da Polícia Militar. Foi quando o próprio
governador em exercício determinou que ele cessasse com seu discurso,
pois ali não seria ocasião propícia para tratar de tais assuntos”.
O desembargador Joás Filho, relator da ação de apelação, entendeu que
“a subordinação, baseada na hierarquia, é mola mestra do ordenamento
militar e o réu, inegavelmente, estava em serviço, em reforço a
segurança do governador e ignorou a ordem direta e reiterada do chefe
supremo da Polícia Militar, o que lhe é defeso por força da lei”.
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