quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Derrota e revolta na Olimpíada

Brasileiro naturalizado libanês perde no judô e se recusa a deixar o tatame

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Nascido em Vitória, no Espírito Santo, o judoca Nacif Elias escolheu defender o Líbano, terra de seu avô, nos Jogos Olímpicos. Por este motivo, segundo ele, estaria sendo punido. “Estão me roubando. Isto não é judô”, disse Nacif, revoltado, depois de ser desclassificado nesta terça-feira (9) por entrada irregular no argentino Emmanuel Lucenti.
Na ocasião, o juiz considerou que Nacif encaixou uma chave de braço quando estava de pé e encerrou o combate deixando o libanês indignado. Ele, inclusive, se recusou a deixar o tatame por um tempo. “A arbitragem internacional é uma vergonha, sempre me prejudicam no circuito mundial. O que estão fazendo é uma vergonha porque eu me naturalizei libanês. Vão me punir por dois anos. Infelizmente não foi dessa vez. Treinei muito. Estou triste por isso”, disse o atleta, que depois passou chorando pela área de imprensa.
Um pouco mais tarde, já de cabeça fria, o judoca voltou para dizer que aceitava a decisão da arbitragem. “Acato, faz parte. Tenho que respeitar a decisão deles.
Treinei muito. Muito mesmo. Tinha chances claras de medalha. Mas, não desisto nunca, apesar de ser naturalizado libanês”.
Nacif defende o Líbano desde 2013, mas ainda mora em Vitória, onde treina e fez sua preparação olímpica. Para se manter, o brasileiro naturalizado recebe um auxílio financeiro do Líbano. O judoca é vice-campeão asiático e tinha boas chances nas Olimpíadas.

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