quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Deputada é xingada e expulsa em protesto

Maria do Rosário é expulsa de protesto por morte de médica no Rio Grande do Sul; veja vídeo

maria do rosário
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) foi xingada na noite de terça-feira (16) no Centro de Porto Alegre durante um protesto que pedia paz e segurança após a morte da médica Graziela Müller Lerias no domingo (14) durante um assalto.
A parlamentar passou pelo Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, após deixar um evento na Assembleia Legislativa, e decidiu ir de encontro aos manifestantes, segundo informou sua assessoria de imprensa. A mobilização havia sido iniciada mais cedo em frente ao Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul.
A parlamentar foi chamada de “cúmplice” pelos manifestantes, que pediam para ela sair do local. Também conforme a assessoria de Maria do Rosário, ela foi prestar solidariedade aos familiares e amigos.
Um vídeo gravado por um manifestante e publicado no YouTube mostra a reação do grupo à presença da deputada. “As pessoas gritavam que ela tinha que morrer. Ela foi prestar apoio como deputada federal e foi tratada dessa forma por pessoas que pensam que quem trabalha com direitos humanos defende bandido. Ela foi agredida, não revidou e ficou muito abalada”, relata a assessora de Maria do Rosário.


Em nota divulgada nesta quarta-feira (17), a deputada afirmou que é solidária à família e que luta para que a paz prevaleça. Leia na íntegra:
“Meus amigos e amigas, ontem no final da tarde, quando fomos participar de um evento sobre a questão ambiental na Assembleia Legislativa, passamos por um ato público que pedia paz. Ao voltarmos de nossa atividade, percebemos que o grupo ainda se encontrava lá e que as portas do Palácio Piratini não tinham sido abertas para que o Governo Estadual os recebesse.
Percebendo que eram pessoas que carregavam um cartaz com o nome da jovem médica assassinada em Porto Alegre, ficamos em um dilema:
Simplesmente sair e se proteger daquela situação, fingindo não ver (caminho comum e confortável que a maioria da classe política adota), ou voltar e manifestar solidariedade e apoio, mesmo sujeitos à incompreensão.
A omissão não é nossa característica. Voltar as costas a quem sofre também não. A opção estava tomada pelo imperativo ético. Situações assim nos colocam diante de nossos princípios.
Ao passarmos por ali não demos as costas à vítima; somos solidários à sua família e lutamos incansavelmente para que a paz prevaleça e não existam mais vidas destruídas. Este é o sentido de nossa existência.”
G1

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