quinta-feira, 21 de julho de 2016

Trajetória do cantor Alceu Valença

Alceu Valença conta trajetória de vida em show acústico no Distrito Federal

Alceu Valença conta trajetória de vida em show acústico no DF
O cantor Alceu Valença vem a Brasília para apresentar um show acústico neste sábado (23), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O repertório traz um roteiro “musical e sentimental” a partir da trajetória do artista, que completou 70 anos no último dia 1º.
O músico é acompanhado pelo violonista Paulo Rafael e pelo sanfoneiro André Julião. O show traz composições do próprio Alceu e clássicos que influenciaram a carreira dele, como “Pau-de-arara”, “Juazeiro” e “Xote das meninas”, de Luiz Gonzaga. Outra do “rei do baião” é “Sabiá”.
Durante a apresentação, ele faz uma espécie de passeio pela sua obra, dos tempos de menino poeta em São Bento do Una, onde nasceu, passando por Olinda, Recife, pelo Brasil afora e até por países como a França.
Entre as músicas de autoria do próprio Alceu estão “Cavalo-de-pau”, “Sino de ouro”, “Anunciação”, “Como dois animais”, “Na primeira manhã”, “Táxi lunar”, “Pelas ruas que andei”, “Coração bobo”, “Solidão”, “Belle de Jour” e “Tropicana”.
Nascido no interior de Pernambuco, o cantor e compositor Alceu Valença assimilou desde a infância elementos da cultura do agreste e do sertão do Nordeste – pelo canto de aboiadores, emboladores, violeiros e cantadores de feira.
Os encontros musicais e poéticos promovidos pelo avô dele e o contato direto com toadas, baiões, xotes e rojões, cantigas de cego, tocadores de sanfona de oito baixos e os poetas de cordel, versejadores populares e artistas de circo, entre outros, acabaram sendo fundamentais para a construção da música do artista.
Ainda na infância, a família se mudou para Garanhuns e depois para Recife, onde o músico conheceu o frevo, o maracatu e a ciranda, gêneros também encontrados na obra de Alceu. Foi na adolescência que ele teve contato direto com a cultura urbana, com a poesia da cidade, o cinema, a política e as questões sociais.
Depois de se formar em direito ele passou a se inscrever em festivais de música. Vivendo no Rio de Janeiro desde 1970, ele se apresentou dois anos depois ao lado de Jackson do Pandeiro e Geraldo Azevedo no Festival Internacional da Canção. A música “Papagaio do futuro” foi desclassificada, mas despertou curiosidade do público.
“Quadrofônico” foi o primeiro disco de Alceu, lançado em 1972 em parceria com Geral do Azevedo. O primeiro grande sucesso nacional foi “Coração bobo”, em 1980. Durante esta década, ele emplacou hits como “Tropicana”, “Anunciação” e “Cópias mal feiras”, que foi tema da novela Roque Santeiro, da TV Globo. Em 1996, ele reencontrou o parceiro Geraldo Azevedo no projeto “Grande encontro”. Os dois fizeram shows e um álbum ao vivo ao lado de Zé Ramalho e Elba Ramalho. O quarteto repetiu a dose em “Grande encontro 2”, em 1997, e em “Grande encontro 3”, em 2000.
Ao longo de mais de quatro décadas, Alceu gravou 25 discos de estúdio e pelo menos 10 álbuns ao vivo, entre projetos solos e em parcerias. Os trabalhos mais recentes são “Amigo da arte” e ‘Valencianas” – gravado ao vivo com a Orquestra Ouro Preto, ambos de 2014. A biografia do artista inclui também o filme “A luneta do tempo”, lançado em 2014, e o livro “O poeta da madrugada”, que chegou às lojas em janeiro do ano passado.
G1.com,br

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