Pesquisa: 70% dos brasileiros consideram CPMF um imposto “injusto”
Sete
em cada dez brasileiros consideram que a CMPF é um tributo injusto,
pois afeta as pessoas independentemente do seu nível de renda. O
resultado faz parte da pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira –
Serviços Públicos, Tributação e Gastos do Governo”, divulgada nesta
terça-feira (12) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) nasceu
em 1997 com o objetivo de arrecadar dinheiro para financiar a saúde no
Brasil. Sobreviveu até 2007, quando o Senado derrubou a medida, que
cobrava uma alíquota 0,38% de toda e qualquer transação financeira no
País.
O Planalto voltou a ventilar essa proposta em setembro passado,
ainda sob a gestão Dilma Rousseff, mas com uma cobrança menor, de 0,2%.
E nesta segunda-feira (11), o relator da LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) de 2017 no Congresso, senador Wellington Fagundes
(PR-MT), voltou a falar na recriação do tributo, considerando-o como possível fonte de R$ 33,2 bilhões em recursos para o ano que vem.
Segundo
a pesquisa da CNI divulgada hoje, 61% dos entrevistados afirmam que a
CPMF afeta a todos e não só quem possui conta bancária. Já 59% concordam
que a recriação da contribuição geraria aumento nos preços dos
produtos.
Ao serem apresentados à proposta de retorno da CPMF para
arrecadar mais recursos para a previdência e para a saúde, 73% dos
brasileiros posicionam-se contra a recriação da contribuição.
Rechaço
A
revolta popular contra o aumento de tributos não se restringe à CPMF.
Pelo contrário. A pesquisa revela que, de modo geral, 80% dos
brasileiros acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa
aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos.
R7
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