Mãe diz que professora cortou língua de criança como forma de castigo em creche
A
mãe de um menino de quatro anos que estuda em uma escola privada do
bairro de Dom Avelar, em Salvador, acusa a professora do garoto de ter
cortado a língua dele como forma de castigo. A dona de casa Joátila
Bispo disse nesta segunda-feira (18), que a suposta agressão aconteceu
na terça-feira (13), após o menino ter mostrado a língua para a mulher.
A
mãe afirma que, inicialmente, o menor contou à irmã e a uma tia que
teve a lesão após bater a cabeça em uma mesa. Depois, a criança teria
mudado a versão e revelado que foi a professora que o agrediu.
Joátila
Bispo registrou queixa na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes
Contra Criança e Adolescente (Derca) na terça e prestou depoimento à
polícia no domingo (17). Uma funcionária disse que, por enquanto, não
iria comentar o caso.
Segundo a delegada da Derca Ana Cricia
Macêdo, a delegada plantonista Cintia Ilmara, que não foi localizada na
delegacia nesta segunda (18), está responsável por apurar a agressão ao
garoto. A polícia ainda investiga as causas da lesão e a professora não
foi ouvida até esta segunda-feira.
Ele [menino] disse que deu
língua a ela e ela cortou a língua dele. Ela [professora] também teria
ferido ele na orelha, apertando a orelha com a unha”, conta a mãe.
Joátila
Bispo afirma que não estava em casa no dia da agressão. A irmã mais
velha do menor foi buscá-lo na escola, quando o garoto mostrou a lesão
na língua e contou que tinha batido a cabeça na mesa.
Ao chegar em
casa, o menino disse a mesma versão à tia, irmã da mãe. “Minha irmã
achou estranho e foi atrás da professora. Ela [professora] falou que não
sabia de nada [sobre a lesão]”, conta a dona de casa.
Joátila diz
que o menino foi levado pela tia para uma unidade de emergência em São
Marcos, onde uma médica orientou a encaminhar a criança para um
hospital, porque o corte era profundo.
A mãe conta que então levou
o menor para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ele passou por uma
pequena cirurgia, levou três pontos e foi liberado. A criança também
passou por exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica
(DPT), segundo a dona de casa.
A mãe também acusa a professora de
ter trocado o uniforme da criança, que pode ter ficado suja de sangue, a
fim de ocultar a agressão. “Trocaram o uniforme dele, com certeza.
Porque deve ter melado de sangue. O tamanho é diferente, é maior”, diz
Joátila. A dona de casa afirma que a professora constrangeu o menor para
que ele não contasse à família sobre a agressão. “Ela meteu medo no
menino”, denuncia.
G1
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