Brasileiras criam banco de bicicleta que vem com vibrador -VEJA VÍDEO
Aquele
sorrisinho no rosto da moça que anda de bicicleta pode não ser apenas o
prazer de se exercitar. As brasilienses Brunna Rosa (à direita na foto
acima) e Gabriela Sandoval (à esquerda) tiveram uma ideia para deixar os
passeios de bike muito mais gostosos. Elas criaram um selim vibrador. É
isso mesmo: agora você pode pedalar e ter orgasmos, tudo ao mesmo
tempo.
Brunna é dona do sex shop virtual
feminista FluidLab, o laboratório do prazer. Usuária de brinquedos
sexuais há muito tempo, ela viaja pelo mundo para pesquisar os melhores
produtos. Gabriela é nutricionista e dona da marca de acessórios para
bike Mala de Garupa. As duas se conheceram durante uma exposição.
“Quando olhei para os produtos que a Gabriela faz, logo pensei em criar
um selim que vibrasse”, diz Brunna. Gabriela topou e o resultado é
prazeroso.
Um vibrador estilo bullet (no formato de
uma bala de revólver), com sete opções de velocidade, é costurado sob o
forro, entre as espumas do assento, para ficar em contato com a vagina.
Costureiras da cooperativa Maria Costura, da cidade Estrutural,
confeccionaram as peças, a pedido das criadoras. O selim vibratório sai
por R$ 179.
“A maioria das costureiras é de senhoras
evangélicas. Queríamos que elas estivessem confortáveis com a ideia,
então, demos um curso de saúde feminina e ginecologia natural para elas.
Nosso trabalho é de economia criativa e comércio justo, a maior parte
do lucro fica para as costureiras”, explicou Brunna.
A bicicleta é símbolo de empoderamento
feminino. Em Gaza, por exemplo, mulheres não podem pedalar. O ato é
considerado uma indecência. O contato do órgão genital com o selim é
visto como ofensivo pelos homens. Além disso, a bike dá uma liberdade de
locomoção às mulheres que os radicais não aceitam. É raro ver mulheres
ciclistas no mundo árabe, mas as heroínas da resistência não se
intimidam.
Para Brunna e Gabriela, a ideia do selim
dialoga com esse contexto de liberação. Elas defendem o direito de
sentir prazer (e de pedalar) onde, como e quando quiserem. “É
empoderador pensar que só você sabe o que está acontecendo”, diz
Gabriela. Mas e o risco de se distrair e cair da bike? O conselho é: vai
devagar na velocidade da vibração.
Créditos: CATRACA LIVRE
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