domingo, 24 de julho de 2016

Motorista de Hugo Motta ficou refém de assaltantes

Refém em ataque no Bessa, motorista de deputado federal relata ação de criminosos, em João Pessoa

Bando armado sitiou parte do bairro na madrugada deste sábado. Houve muitos tiros e explosões em caixas eletrônicos

Carros das vítimas foram usados para trancar avenidas
O motorista do deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB) foi uma das pessoas feitas reféns durante ação de criminosos na madrugada deste sábado (23), no bairro do Bessa, em João Pessoa. Área próxima a um shopping foi sitiada por bandidos, que explodiram caixas eletrônicos, barraram veículos que passavam pelas imediações e atiraram contra quem tentava fugir. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a ação. 
O profissional, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que esteve sob a mira dos criminosos por cerca de 10 minutos. Segundo ele, pelo menos outras sete pessoas foram feitas reféns. Nenhuma delas foi machucada ou teve objetos roubados pelos bandidos.
O motorista, de 39 anos, contou que voltava do Aeroporto Castro Pinto, em Bayeux, na Grande João Pessoa, onde Hugo Motta desembarcaria nesta madrugada. No entanto, o voo do parlamentar atrasou e o funcionário retornou sozinho para a Capital.
“Quando cheguei próximo ao Bessa Shopping um homem armado mandou que eu descesse do veículo. Ele disse para eu ficar na calçada, junto com outros reféns. Todos os carros que passavam eram barrados e usados para trancar uma avenida próxima. Os próprios bandidos levavam os veículos até lá. Se uma pessoa se negasse a parar o carro eles atiravam. Eles atiravam muito para cima também, acredito que com a intenção de nos intimidar”, relatou o motorista. 
Apesar dos vários disparos, os criminosos não chegaram a ameaçar os reféns. “Eles estavam nervosos, mas sempre diziam que a gente não devia se preocupar, pois nada aconteceria conosco. Eles diziam que só queriam o dinheiro dos caixas. Tanto que nenhum pertence dos reféns foi roubado”, completou a vítima. 
Segundo ele, depois das explosões os bandidos fugiram deixando as chaves dos carros dentro dos veículos. “Só eu e um taxista não encontramos as chaves, mas os outros pertences estavam lá”, finalizou.
Ainda conforme o relato, a polícia só chegou ao local onde ocorreram os crimes cerca de oito minutos após a fuga dos assaltantes. Representantes de órgãos e instituições ligadas à segurança ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.  
A reportagem tentou contato com o secretário de Segurança Pública do Estado, Cláudio Lima; o comandante do Disp Manaíra (unidade responsável pelo policiamento no Bessa), capitão Antônio Filho; o assessor de comunicação da Polícia Militar, major Cristovão Lucas; e a Polícia Federal, que conduzirá as investigações, mas nenhuma das ligações foi atendida.
No local onde ocorreu o crime, policiais evitaram falar com a imprensa. 

Portal Correio

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