Refém em ataque no Bessa, motorista de deputado federal relata ação de criminosos, em João Pessoa
Bando armado sitiou parte do bairro na madrugada deste sábado. Houve muitos tiros e explosões em caixas eletrônicos
O
motorista do deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB) foi uma das pessoas
feitas reféns durante ação de criminosos na madrugada deste sábado (23),
no bairro do Bessa, em João Pessoa. Área próxima a um shopping foi
sitiada por bandidos, que explodiram caixas eletrônicos, barraram
veículos que passavam pelas imediações e atiraram contra quem tentava
fugir. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a ação.
O
profissional, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que
esteve sob a mira dos criminosos por cerca de 10 minutos. Segundo ele,
pelo menos outras sete pessoas foram feitas reféns. Nenhuma delas foi
machucada ou teve objetos roubados pelos bandidos.
O
motorista, de 39 anos, contou que voltava do Aeroporto Castro Pinto, em
Bayeux, na Grande João Pessoa, onde Hugo Motta desembarcaria nesta
madrugada. No entanto, o voo do parlamentar atrasou e o funcionário
retornou sozinho para a Capital.
“Quando
cheguei próximo ao Bessa Shopping um homem armado mandou que eu
descesse do veículo. Ele disse para eu ficar na calçada, junto com
outros reféns. Todos os carros que passavam eram barrados e usados para
trancar uma avenida próxima. Os próprios bandidos levavam os veículos
até lá. Se uma pessoa se negasse a parar o carro eles atiravam. Eles
atiravam muito para cima também, acredito que com a intenção de nos
intimidar”, relatou o motorista.
Apesar
dos vários disparos, os criminosos não chegaram a ameaçar os reféns.
“Eles estavam nervosos, mas sempre diziam que a gente não devia se
preocupar, pois nada aconteceria conosco. Eles diziam que só queriam o
dinheiro dos caixas. Tanto que nenhum pertence dos reféns foi roubado”,
completou a vítima.
Segundo
ele, depois das explosões os bandidos fugiram deixando as chaves dos
carros dentro dos veículos. “Só eu e um taxista não encontramos as
chaves, mas os outros pertences estavam lá”, finalizou.
Ainda
conforme o relato, a polícia só chegou ao local onde ocorreram os
crimes cerca de oito minutos após a fuga dos assaltantes. Representantes
de órgãos e instituições ligadas à segurança ainda não se pronunciaram
oficialmente sobre o caso.
A
reportagem tentou contato com o secretário de Segurança Pública do
Estado, Cláudio Lima; o comandante do Disp Manaíra (unidade responsável
pelo policiamento no Bessa), capitão Antônio Filho; o assessor de
comunicação da Polícia Militar, major Cristovão Lucas; e a Polícia
Federal, que conduzirá as investigações, mas nenhuma das ligações foi
atendida.
No local onde ocorreu o crime, policiais evitaram falar com a imprensa.
Portal Correio
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