Ex-marqueteiro do PT, João Santana, e sua mulher e sócia farão delação premiada
O
ex-marqueteiro do PT João Santana e sua mulher e sócia, a empresária
Mônica Moura, estarão nesta quinta-feira pela primeira vez frente a
frente com o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal
em Curitiba, às 14h.
Eles serão interrogados na ação penal em que respondem por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro em função do recebimento de US$ 4,5
milhões (R$ 14,6 milhões) em 2013 e 2014 do representante no Brasil do
estaleiro Keppel Fels e fornecedor da Petrobras, o engenheiro Zwi
Skornick, como contribuição para ajudar a financiar a campanha pela
reeleição da presidente afastada, Dilma Rousseff.
O pagamento foi feito diretamente em uma conta do ex-marqueteiro na
Suíça, e não declarado à Justiça Federal. Em colaboração assinada com o
Ministério Público e ainda não homologada pela Justiça, Zwi Skornick
confirmou se tratar de pagamento relacionado aos contratos da empresa no
Brasil e a pedido do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Além de Santana e Mônica, também prestarão depoimento ao juiz Sérgio
Moro Skornick e Vaccari. Na manhã desta quinta-feira, os quatro estavam
na carceragem da PF em Curitiba.
Conforme antecipou nesta quinta O GLOBO, o casal Santana assinou termo
de confidencialidade com a Procuradoria-Geral da República (PGR),
documento que marca o início de um processo formal de delação premiada. O
acordo ainda está em fase de negociação, tocada entre os advogados da
dupla com os procuradores.
Como o interrogatório desta quinta-feira será a respeito de um caso
específico, o casal poderá apresentar esclarecimentos a Moro e também
pedir para ficar em silêncio se alguma pergunta estiver relacionada a
tema do acordo em negociação.
O Globo
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