Mês passado foi o junho mais quente na Terra desde início dos registros, em 1880
O
mês passado foi o junho mais quente no planeta desde o início dos
registros, em 1880, com 15,5 graus Celsius de média, informou nesta
terça-feira a Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos
(Noaa).
“A temperatura média mundial de superfícies
terrestres e oceânicas para junho de 2016 foi a mais alta para este mês
desde 1880, ano em que começaram os registros de dados de temperatura
global”, indicou a Noaa.
A autoridade meteorológica
americana disse que junho foi também o 14º mês consecutivo com recorde
de temperaturas altas no planeta. Este aumento levou a Agência Espacial
dos Estados Unidos (Nasa) a afirmar hoje que foram “quebrados vários
recordes no primeiro semestre de 2016”.
“Apesar
destes dois indicadores do clima terem superado os registros em 2016, os
cientistas da Nasa disseram que é mais significativo que a temperatura
global e o gelo marinho do Ártico continuem suas décadas de tendências
de mudança”, destacou a agência.
Segundo a Noaa, os
15,5 graus registrados de média em junho na Terra são a temperatura mais
alta para este mês entre 1880 e 2016, superando o recorde anterior,
estabelecido em 2015.
Em termos gerais, desde
fevereiro de 2015 foram registrados 14 dos 15 meses mais quentes, de
acordo com a NOAA, que indica que a temperatura da superfície do mar
registrou ainda um novo patamar máximo para um mês de junho.
Entre
as anomalias registradas no mês passado, os cientistas destacaram a
diminuição do gelo no Ártico, que ficou 11,4% abaixo da média do período
1981-2010, e as contínuas precipitações no centro e no norte da Europa.
Para a Nasa, a relevância da tendência mundial de aumento das temperaturas se vê superada pelo aquecimento da região ártica.
“Foi
um ano recorde em temperatura global, mas as altas temperaturas recorde
no Ártico nos últimos seis meses foram ainda mais extremas”, disse o
cientista Walt Meier, da Nasa, em comunicado.
A
extensão de gelo marinho do Ártico no pico da temporada de degelo do
verão cobre na atualidade 40% a menos de superfície que no final dos
anos 70 e começo dos 80, destacou a agência espacial americana.
Terra
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