terça-feira, 26 de julho de 2016

Advogados de Dilma pedem mais tempo para defesa

Defesa de Dilma Rousseff pede mais dois dias para apresentar alegações finais

Defesa de Dilma pede mais dois dias para apresentar alegações finais
A defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff apresentou hoje (26) pedido para prorrogar por dois dias o prazo para a entrega das alegações finais à Comissão do Impeachment do Senado. O prazo termina amanhã (27), mas os advogados querem entregar os documentos até a próxima sexta-feira (29) .
No pedido, os advogados José Eduardo Cardozo, Breno Bergson e Renato Franco argumentam que o amplo direito de defesa de Dilma foi prejudicado devido ao fato de a página do Senado que hospeda os documentos do processo na internet ter ficado fora do ar sábado (23) e domingo (24), só voltando a funcionar às 6h de ontem (25). Segundo a defesa, isso causou “prejuízo no acesso a documentos imprescindíveis para análise e confecção das alegações finais”.
Pelo procedimento, Dilma teria 15 dias para apresentar as alegações finais, mas a defesa pede que, nesse caso, seja usado, por analogia, o que prevê o novo Código de Processo Civil, segundo o qual “suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte”, devendo o prazo ser “restituído ao que faltava para a sua complementação”.
A petição será analisada pelo presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB). Lira vai conversar com o relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB-MG), para se posicionar a respeito.
Mesmo com o pedido de adiamento, a assessoria de imprensa da presidenta afastada informou à Agência Brasil que a defesa trabalha para entregar os documentos até o final da tarde desta quarta-feira (27), por ainda não saber se a prorrogação será concedida.
Após a entrega das alegações, a documentação será encaminhada a Anastasia, que terá cinco dias para apresentar parecer sobre a acusação. O relatório será votado pela comissão, por maioria simples – metade mais um dos senadores presentes à sessão. Em seguida, haverá votação igual no plenário da Casa, sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, encerrando, assim, a fase de pronúncia do impeachment.
Agência Brasil

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