Irmão de atirador diz que família está em choque e pede perdão a Ana Hickmann
A
família de Rodrigo Augusto de Pádua, de 30 anos, autor de um atentado
contra a apresentadora Ana Hickmann e que acabou sendo morto a tiros no
último sábado, em um hotel de Belo Horizonte, ainda está choque. Em
entrevista ao EXTRA, nesta terça-feira, o irmão do atirador, o cobrador
de ônibus Helisson Augusto de Pádua, de 40 anos, contou que seus
parentes ainda estão enlutados e tentam compreender o ocorrido. Ele
também pediu perdão à apresentadora e à cunhada dela, que foi baleada e
está internada.
Segundo Helisson, os aposentados Wanda Simões de Pádua e Hélio Augusto
de Pádua, de 74 e 72 anos, respectivamente, que moravam sozinhos com o
filho Rodrigo, em Juíz de Fora, em Minas Gerais, ainda lutam com a
perda.
— A dor que minha família está sentindo é indescritível. Nosso irmão era
muito amado e era uma pessoa muito boa. O que aconteceu foi uma
fatalidade, inexplicável. Meu pai entrou em desespero essa noite e teve
uma crise. Ele é um homem fechado e guardou tudo, mas desabou. Minha
mãe, que tem problema de coração também chora muito. Rodrigo sempre
esteve ao lado deles. Ele guardou um lado que não conhecíamos — contou
Helisson.
O cobrador de ônibus, que irá depor sobre o caso nesta quarta-feira,
lamentou que a admiração do irmão pela apresentadora tenha saído do
controle e acabado em tragédia.
— Eu sinto muito por essa moça Ana Hickmann e a cunhada dela — afirmou Helisson.
Ainda de acordo com o cobrador de ônibus, os parentes nunca suspeitaram
que Rodrigo pudesse ser violento. Helisson conta que desde os 18 anos o
irmão não tinha uma relacionamento amoroso. Ele chegou a ter duas
namoradas, mas depois de ser deixado por uma delas se tornou mais
caseiro e manteve sua pessoal reservada. Helisson diz que a família
encontrou diários do atirador, nos quais ele narrava detalhes de seus
relacionamentos no passado, mas nada que fosse alarmante.
— A gente não consegue acreditar nesse amor que ele nutria pela Ana. Não
sabemos da onde surgiu essa imaginação dele. Ele dizia que ela se
comunicava com ele. Como ele mandou muitas mensagens obscenas para ela,
quando foi bloqueado (nas redes sociais), ele se sentiu rejeitado. Isso
pode ter motivado (o atentado) — contou Helisson, que disse não saber
onde irmão conseguiu a arma que usou para render Ana Hickmann.
O cobrador de ônibus diz ainda que, ao sair de casa, Rodrigo não revelou
que pretendia se encontrar com Ana Hickmann. A ideia era que ele fosse
até a casa de Helisson, em Belo Horizonte. Só na madrugada de sábado, o
rapaz contou ao que havia se hospedado em um hotel.
— Minha namorada já tinha me alertado sobre o Instagram do Rodrigo com
as fotos de Ana Hickmann. Então, quando vi em um jornal onde a Ana
estava, eu liguei uma coisa à outra. Ele foi até o hotel por causa dela.
Eu fiquei preocupado com qual seria a reação dele perto dela porque, na
reportagem, dizia que ela ia se encontrar com o público. Pouco tempo
depois, meu outro irmão ligou para dizer que um homem tinha sido morto
ao tentar atacar a apresentadora. Eu tive o pressentimento que era o meu
irmão.
Rodrigo foi morto após levar três tiros disparados feitos pelo cunhado
de Ana Hickmann. Helisson diz que a morte do irmão foi uma “covardia”:
— Ele levou tiro na nuca e foi mordido no braço. Isso não está bem
explicado. Ele foi atingido quando estava de costas e isso tem que ser
investigado. Eles mesmos disseram que meu irmão declarou que não tinha a
intenção de matar ninguém.
Helisson segue ao lado dos pais. Rodrigo foi enterrado nessa
segunda-feira, em Juiz de Fora. Ele prentendia fazer vestibular para
Medicina e ajudar os pais na confecção de doces, que eram vendidos para
fora, para ganhar dinheiro.
Ana se recupera
Nesta terça-feira, a assessoria de imprensa de Ana Hickmann informou que
a apresentadora está melhorando aos poucos do choque. Ela está em casa,
cercada por parentes e amigos. A loura não tem data para voltar a
gravar o “Hoje em dia”, na Rede Record.
Extra Online
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