quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Acidentes com animais peçonhentos

Paraíba tem mais de 2 mil acidentes com animais peçonhentos em 2015



Entre janeiro e setembro de 2015, foram registrados 2.266 acidentes com animais peçonhentos em toda a Paraíba. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, que nos últimos quatro anos, de 2010 até 2014, registrou 16.677 casos no estado. Conforme o levantamento, o escorpião é o responsável pela maioria das estatísticas, cerca de 1.768 casos.
Os acidentes envolvendo serpentes vêm em seguida, respondendo por 246 dos registros. As abelhas foram responsáveis por 66 acidentes. No caso das aranhas, foram 50 acidentes; e mais 13 casos envolvendo lagartas. Os números colocam a Paraíba em sexto lugar no ranking regional nos acidentes envolvendo esses animais. Mesmo assim, as notificações do Ministério da Saúde ficam abaixo da média de atendimentos realizados nos hospitais de referência para esses casos.
A capital João Pessoa encabeça o ranking das cidades paraibanas onde aconteceram mais acidentes envolvendo animais peçonhentos este ano, com 1.450 dos casos. Campina Grande vem em seguida com 279 notificações e Guarabira, no Brejo, com 116 registros, fica em terceiro lugar. Santa Rita, Alhandra e Monteiro apresentaram acima de 40 casos cada. Além dessas, pelo menos 27 municípios tiveram ocorrência de acidentes por animais peçonhentos em 2015, segundo informações do Ministério da Saúde, e as mulheres foram as que mais sofreram acidentes desse tipo, 1.313 registros contra 955 envolvendo homens. 
Segundo informações do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, 1.024 atendimentos a pacientes picados por escorpiões foram realizados do início do ano até o mês de outubro na unidade, uma média de 102 atendimentos mensais. Já no caso das serpentes, foram 158 atendimentos, uma média mensal de 15 registros. No Hospital de Emergência e Trauma, na capital, a média é de 160 atendimentos mensais por picada de escorpião, 15 de serpente e seis de aranhas, conforme o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox).
A gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses de Campina Grande, Rossandra Oliveira, explicou o período de maior incidência dos animais peçonhentos, na primavera e no verão, está ligado aos hábitos de vida dos bichos. O risco é maior, conforme o farmacêutico e coordenador adjunto do Ceatox em João Pessoa, Luís Carlos Costa, no caso de crianças e idosos, já que as toxinas liberadas na corrente sanguínea, através de contato com esses bichos, podem levar à morte.
Para evitar acidentes com animais peçonhentos, o coordenador orienta que as pessoas redobrem a atenção. “É importante examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las. Assim como vedar frestas e buracos em paredes, janelas e ralos. Além de conservar a limpeza dos locais em que vive, pois esses animais saem à procura de alimentos, como ratos e baratas, e o lixo doméstico é um ambiente propício para eles”, concluiu.
Folha do Sertão

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