Paraíba tem mais de 2 mil acidentes com animais peçonhentos em 2015
Entre
janeiro e setembro de 2015, foram registrados 2.266 acidentes com
animais peçonhentos em toda a Paraíba. Os dados são do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, que nos
últimos quatro anos, de 2010 até 2014, registrou 16.677 casos no estado.
Conforme o levantamento, o escorpião é o responsável pela maioria das
estatísticas, cerca de 1.768 casos.
Os
acidentes envolvendo serpentes vêm em seguida, respondendo por 246 dos
registros. As abelhas foram responsáveis por 66 acidentes. No caso das
aranhas, foram 50 acidentes; e mais 13 casos envolvendo lagartas. Os
números colocam a Paraíba em sexto lugar no ranking regional nos
acidentes envolvendo esses animais. Mesmo assim, as notificações do
Ministério da Saúde ficam abaixo da média de atendimentos realizados nos
hospitais de referência para esses casos.
A
capital João Pessoa encabeça o ranking das cidades paraibanas onde
aconteceram mais acidentes envolvendo animais peçonhentos este ano, com
1.450 dos casos. Campina Grande vem em seguida com 279 notificações e
Guarabira, no Brejo, com 116 registros, fica em terceiro lugar. Santa
Rita, Alhandra e Monteiro apresentaram acima de 40 casos cada. Além
dessas, pelo menos 27 municípios tiveram ocorrência de acidentes por
animais peçonhentos em 2015, segundo informações do Ministério da Saúde,
e as mulheres foram as que mais sofreram acidentes desse tipo, 1.313
registros contra 955 envolvendo homens.
Segundo
informações do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga
Fernandes, em Campina Grande, 1.024 atendimentos a pacientes picados por
escorpiões foram realizados do início do ano até o mês de outubro na
unidade, uma média de 102 atendimentos mensais. Já no caso das
serpentes, foram 158 atendimentos, uma média mensal de 15 registros. No
Hospital de Emergência e Trauma, na capital, a média é de 160
atendimentos mensais por picada de escorpião, 15 de serpente e seis de
aranhas, conforme o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox).
A
gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses de Campina Grande, Rossandra
Oliveira, explicou o período de maior incidência dos animais
peçonhentos, na primavera e no verão, está ligado aos hábitos de vida
dos bichos. O risco é maior, conforme o farmacêutico e coordenador
adjunto do Ceatox em João Pessoa, Luís Carlos Costa, no caso de crianças
e idosos, já que as toxinas liberadas na corrente sanguínea, através de
contato com esses bichos, podem levar à morte.
Para
evitar acidentes com animais peçonhentos, o coordenador orienta que as
pessoas redobrem a atenção. “É importante examinar calçados e roupas
pessoais, de cama e banho, antes de usá-las. Assim como vedar frestas e
buracos em paredes, janelas e ralos. Além de conservar a limpeza dos
locais em que vive, pois esses animais saem à procura de alimentos, como
ratos e baratas, e o lixo doméstico é um ambiente propício para eles”,
concluiu.
Folha do Sertão
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