A perplexidade em torno de Dilma Rousseff
Há, indiscutivelmente, um clima de alta expectativa em torno do modelo a
ser adotado a partir desta terça-feira pela presidenta da República,
Dilma Rousseff, em termos de postura e de políticas para consolidar seu
novo tempo de segundo mandato onde, a partir dos primeiros dias de
Janeiro, configura-se a perplexidade sobre que perfil ela de fato quer
implantar nesta nova fase.
Dilma não fala mas age, pelo menos
até agora assim fez, na contramão do que dissera e propora durante sua
campanha para a reeleição. Todos os remédios propostos por ela tinham
natureza diferente do extrato terapêutico que está apresentando
ultimamente, até porque desdiz todo seu discurso.
Por que então ela tem tomado esse
rumo mais próximo do interesse dos Rentistas (dos que vivem de lucro
pela elevação dos juros e do capital), ao invés de manter-se na política
de garantia dos investimentos no emprego e no mercado interno para
superar as incertezas da conjuntura?
Ultimamente, não só em tese mas na
prática pura ela vive sendo alimentada por uma lógica cultural econômica
que a faz distante dos primados da classe trabalhadora e até da classe
média oriunda dos salários e empregos medianos existentes.
Ainda é cedo para gerar convicção
absoluta sobre esse novo estágio da Presidenta mas, ninguém precisa de
doses intelectuais e econômicas para atestar que ela tem feito opção
pelo avesso do que combatia.
Esta não é a Dilma de 2014 para trás.
WSCOM
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