terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Vai em paz, Nana!


MORRE EM SÃO PAULO, AOS 68 ANOS, O JURUENSE FRANCISCO DE ASSIS LIMA, CONHECIDO POR NANA DE ZÉ GORDO

Nana era irmão do sanfoneiro Zé Deinha e do empresário Paulo Marques, dentre outros

Com profundo pesar, Juru em Destaque noticia o falecimento de Francisco de Assis Lima, mais conhecido por Nana, ocorrido na tarde de ontem (29) em São Paulo onde o mesmo residia desde o início dos anos 70.

Nana tinha 68 anos, era filho de 'dona' Laura e Zé Gordo (ambos de saudosa memória) e irmão de Zé Deinha, Paulo, Edmilson, Nevinha (já falecida), Nininha, Teté e Eliana.

Foto de Paulo Marques De Sousa Sousa.
Paulo Marques foi chamado urgentemente a São Paulo, onde encontrou o irmão ainda com vida
No início dos anos 60, Nana, o filho mais velho do carcereiro Zé Gordo, foi estudar em Recife, tendo presidido a Casa do Estudante do Nordeste na capital pernambucana, onde se destacou como líder estudantil até a chegada do Regime Militar que durou 21 anos - regime este instaurado no Brasil a partir de 1º de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985 -, período em que o nosso jovem conterrâneo teve que se mudar para São Paulo para não ser preso ou expulso do País após o golpe militar que derrubou o governo João Goulart.

Na nossa adolescência, aqui em Juru, fomos vizinhos de residência, sendo criados praticamente juntos, condição esta que nos fez nutrir uma amizade fraterna, recíproca e verdadeira que até hoje é preservada pelas nossas famílias.

Embora seja dez anos mais jovem do que ele, eu tive oportunidade de conhecê-lo em sua juventude: Nana sempre foi um bom rapaz, eloquente, muito inteligente, extremamente educado, um 'boa pinta' que arrasava os corações das mocinhas daquela época.

Em São Paulo, onde teve que se 'exilar' quando teve a sua liberdade civil suprimida por imposição da ditadura militar, Nana enfrentou dias difíceis que lhe proporcionaram 'altos e baixos' na sua vida, sendo merecedor, portanto, de ressarcimento pelos prejuízos que lhe foram causados pelo regime ditatorial instaurado no Brasil naquela época que jamais merece ser lembrada.

Ontem, Deus o chamou para morar com Ele no 'andar de cima', onde afinal Nana terá a paz merecida.

Segura na mão de Deus, amigo Nana, e vai em paz!

Sanfoneiro Zé Deinha, o único dos irmãos de Nana que não pôde comparecer a sua 'despedida'

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