Aplique o protetor solar corretamente em sete passos
Descubra qual é a quantidade certa e o FPS mínimo para a sua pele
Escolha a textura do protetor solar
"No caso do spray e do mousse, muitos ingredientes responsáveis pela
durabilidade do produto na pele não passam pelas suas válvulas,
responsáveis por darem forma ao jato de protetor solar", explica a
dermatologista. "Por isso, mesmo que o FPS seja alto, o produto tem que
ser reaplicado com maior frequência".
Dica: a dermatologista Érica Monteiro explica que quanto mais grossa
for a textura do protetor, maior será a proteção que ele oferece à pele.
Filtro químico X Filtro físico
Por ser mais fácil de espalhar e ficar invisível sobre a pele, o
filtro químico se tornou muito popular. Mas, entre os filtros em creme,
existe mais uma opção que muita gente ainda não conhece: o filtro
físico. Também conhecido como filtro inorgânico, este protetor feito à
base de dióxido de titânio ou óxido de zinco cria uma barreira física
sobre a pele, diminuindo a ação danosa do sol. Essa característica faz
com que seus componentes reajam menos com a pele, reduzindo as chances
de alergias e irritações. A desvantagem desse tipo de produto é que ele
fica esbranquiçado na pele, no entanto, alguns protetores físicos têm
cor de base, que disfarça o branco do produto. Assim como o protetor
solar químico, o protetor físico pode ter uma ampla proteção contra os
raios de sol. Para saber se o filtro é físico basta procurar a
informação na embalagem do produto.
Escolha o FPS
O número do FPS corresponde a quantas vezes a mais sua pele está
protegida contra o efeito danoso do sol em comparação com nenhuma
proteção. O fator de proteção solar médio recomendado para a população
brasileira é 30, mas para escolher o FPS ideal para você primeiro é
preciso conhecer seu tipo de pele. Quanto mais clara, maior a proteção
necessária, maior o FPS. "Caso a pessoa seja muito clara, muito sensível
ao sol ou já teve câncer de pele o ideal é o FPS 60", explica Érica
Monteiro. "Já peles morenas escuras e negras, que são naturalmente
protegidas contra os danos do sol, o FPS deve estar entre 15 e 20; peles
morenas claras podem usar o filtro 30".
Sempre será necessário que o filtro solar tenha proteção contra os
raios UVA e UVB. Os raios UVB são há mais tempo conhecidos como
causadores do câncer de pele, mas os raios UVA, por reduzirem as defesas
da pele, também têm participação no aparecimento da doença. O FPS, que
aparece em destaque na embalagem da maioria dos filtros, é o responsável
por proteger contra os raios UVB. Para proteger contra os raios UVA
essa função é do PPD (do inglês, Persistent Pigment Dark). O valor do
PPD deve ser de pelo menos um terço do FPS ? assim, um FPS 30 deve ter
um PPD mínimo de 10. A atual legislação que regulamenta os protetores
solares mostra essa informação apenas com os sinais + (proteção UVA
leve); ++ (proteção UVA moderada; +++ (proteção UVA alta). Se a
informação "proteção de amplo espectro"estiver presente na embalagem há
proteção UVA e UVB no filtro.
Use a quantidade certa
A quantidade certa de protetor solar para prevenir os efeitos danosos
do sol a ser aplicada na pele é de 2 mg/cm² , o que corresponde a cerca
de 40 ml para um indivíduo que pese 70 Kg. Em medidas praticas, a
dermatologista Érica Monteiro explica que deve ser aplicada uma colher
de chá de protetor solar no rosto e no pescoço, uma colher de sopa de
protetor para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás,
uma colher de sopa para cada braço, uma colher de sopa para a parte da
frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna. Com
essas quantidades, o ideal é que seu protetor dure no máximo três finais
de semana.
"Passando a quantidade correta de protetor solar você estará
protegido com o FPS indicado na embalagem, caso contrário a proteção
será diminuída", explica Érica Monteiro. "Antigamente a orientação era
usar filtro solar com FPS 15, no entanto, alguns estudos mostraram que
era comum que as pessoas passassem o protetor da maneira errada,
diminuindo muito o FPS, por isso a orientação de valor de FPS passou a
ser 30".
Espalhe bem
O dermatologista Sérgio Schalka, coordenador do departamento de
fotobiologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que cada
tipo de protetor solar deve ser passado de uma forma específica. "Os
cremes podem ser espalhados com movimentos circulares das mãos, já os
fotoprotetores em gel devem ser aplicados em sentido único, sem fazer
círculos, caso contrário o protetor solar irá esfarelar e a cobertura
fica comprometida", explica. O dermatologista explica que, ao contrário
do que se pensa, o spray deve ser borrifado generosamente sobre a pele
para garantir uma cobertura, mas não deve ser espalhado com as mãos em
seguida. Essa atitude prejudica a cobertura e pode expor algumas áreas
do corpo a queimaduras.
Como fazer a primeira aplicação
A primeira aplicação de protetor solar é a mais importante,
principalmente quando você vai para a praia ou para a piscina, pois essa
é a única oportunidade de criar um filme homogêneo sobre toda a pele. A
dermatologista Érica Monteiro explica que a primeira aplicação deve ser
feita em casa, sem roupas, sem transpiração e com a pele limpa. O maiô
ou o biquíni podem mudar de posição com a movimentação e,
consequentemente, alguma área pode ficar desprotegida e sofrer
queimadura. A transpiração, por sua vez, pode dificultar a aplicação
uniforme do filtro. Espalhe bem o filtro e espere que ele seque antes de
vestir a roupa. Érica explica que, hoje em dia, a maioria dos
protetores solares apresenta proteção imediata, no entanto, o mais
importante é seguir as instruções do rótulo.
Lembre-se das áreas que geralmente são esquecidas, como dorso dos
pés, mãos, nuca e orelhas. "É comum o aparecimento de feridas nas
orelhas de pessoas de idade mais avançada em função da exposição ao
sol", explica a dermatologista Daniela Schmidt Pimentel, da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Esse tipo de lesão é chamado de
queratose actínica e pode se transformar em câncer de pele.
Como fazer a reaplicação
A dermatologista Érica Monteiro explica que a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) é bastante rigorosa com as informações
presentes no rótulo dos protetores solares, como tempo de reaplicação e
tipos de radiação que o filtro protege. Mas, de forma geral, a
dermatologista recomenda a reaplicação de três em três horas no dia a
dia e de duas em duas horas caso você trabalhe ao ar livre, esteja
transpirando excessivamente ou esteja na praia ou na piscina. Depois de
entrar na piscina ou no mar, o indicado é se enxugar com a toalha e
reaplicar o produto no corpo todo.
Não se esqueça dos cuidados que vão além do protetor solar
O filtro solar não é o único responsável pela proteção da pele, o uso
de chapéus, roupas e de outras medidas protetoras também tem a mesma
importância. Segundo o Consenso Brasileiro de Fotoproteção, divulgado em
28 de novembro de 2013, o horário de exposição ao sol deve ser anterior
às nove horas da manhã e posterior às 15 horas da tarde. Ainda de
acordo com o documento, a exposição intencional ao sol, como é realizada
na praia e piscina, deve ser evitada e o dermatologista deve ser
consultado periodicamente. Todas essas medidas juntas são eficientes na
proteção da sua pele.
Fonte: Minha Vida
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