No Sertão, criação de galinha caipira é opção para produtor rural
Há 14 anos, o produtor rural Edson Luiz, decidiu colocar em prática um sonho antigo: a criação de galinhas caipira.
Após voltar de uma
temporada em São Paulo, Edson comprou um pequeno terreno em Catolé do
Rocha, no alto sertão da Paraíba, e montou um projeto com apoio técnico
da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
Atualmente ele possui
mais de 4 mil frangos sendo preparados para a venda, sendo criados em
aviários para que atinjam o desenvolvimento necessário para o abate.
No terreno adquirido
especialmente para a criação das aves, foi construído um viveiro, com
instalações simples. Segundo os técnicos, para a procriação é importante
que o local esteja sempre limpo e tenha pouca variação de temperatura, o
que favorece a reprodução dos animais. De acordo com Edson Luiz, existe
a comparação da galinha caipira com a de capoeira, mas elas diferem
principalmente no tempo para reprodução.“A genética dela é para 90 dias,
enquanto que a capoeira é para oito meses. Ela [galinha caipira] chega
mais rápido no mercado”, afirmou.
Nos primeiros dias de
vida, a galinha caipira é alimentada com uma ração especial e ao
alcançar os 40 dias, elas passam a viver soltas em um terreno de 200 m²
para se alimentarem de vegetais, que repassam os nutrientes necessários
para o desenvolvimento. Essa técnica é adotada para que a ave criada
nesses abrigos apresente a qualidade da carne parecida com a de galinhas
que são criadas de forma natural.
Caipira e Capoeira
A galinha caipira é
parecida com a de capoeira e muita gente confunde as duas espécies. As
semelhanças estão na penagem, no peso, altura e também no sabor da
carne. Mas elas apresentam também algumas diferenças e, segundo o
técnico da Emater, Josemar Vieira, a principal está no tempo de produção
da carne e na área de pastejo disponível para as duas espécies.
“Enquanto que a galinha caipira ou alternativa, em apenas 90 dias a
carne já está pronta para o abate. A de capoeira só alcança essa
condição em 180 dias, o que influi na qualidade. A galinha caipira tem
uma concistência de carne menor que a de capoeira”, disse.
O cuidado durante os 90
dias de criação da galinha caipira faz toda a diferença para que a ave
fique pronta para ser comercializada. Em Catolé do Rocha, os aviários de
Edson Luiz estão com os frangos ainda em preparação para a venda, todos
vivos em fase de desenvolvimento. No caso de Edson, o criador é
responsável pela venda da galinha capira em mercados e feiras livres da
região, o que faz com que o lucro seja completo, sem a presença do
atravessador. “A aceitação é ótima. É tanto que quem compra volta de
novo. É sinal que gosta do produto”, finaliza o produtor rural.
Do G1 PB
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