Homem pega 20 anos de prisão por matar milionária em Paris
Um
empresário britânico foi condenado a 20 anos de prisão por ter
assassinado sua namorada milionária na suíte de um hotel onde eles
estiveram hospedados em Paris em 2009.
Ian Griffin, de 45 anos, é de Cheshire, um condado no noroeste da
Inglaterra, e foi preso em junho daquele ano, quando Kinga Legg, sua
namorada à época, foi encontrada morta no quarto do hotel de cinco
estrelas Le Bristol, na capital francesa – a suíte custava £1.000 a
diária (R$ 4.037).
Em nenhum momento, Griffin confessou o crime - ele alegava não ter
lembranças sobre o que havia acontecido naquela noite. Segundo o
britânico, ele acordou no dia seguinte e se deparou com o quarto em um
estado caótico antes de encontrar o corpo da namorada.
Cinco anos após o crime, a Corte de Paris considerou Griffin culpado e
estabeleceu a sentença de 20 anos de reclusão para o britânico.
Griffin recebeu um mandado de prisão em 2009 depois que uma empregada
descobriu o corpo de sua namorada milionária, Kinga Legg, todo cheio de
hematomas na banheira.
Na investigação, o tribunal de Paris descobriu que ele fugiu da capital
francesa em seu Porsche 911, que mais tarde foi recuperado em um
endereço em Warrington, Cheshire, onde ele cresceu.
Ele foi preso vários dias após o mandado de prisão ter sido emitido, em
um bosque nas proximidades de Macclesfield, que também fica no condado
de Ceshire.
Crime
Kinga Legg tinha 36 anos quando foi assassinada e vivia em uma mansão em
Surrey (condado no sudeste da Inglaterra) com Griffin. Ela foi
encontrada no quarto de hotel com múltiplos ferimentos, muito sangue e
mais de 100 marcas espalhadas pelo corpo.
A milionária de origem polonesa, que fez sua fortuna tocando o negócio
da família – um supermercado chamado Vegex -, morreu de hemorragia
interna.
Depois de encontrar o corpo da namorada, Griffin passou horas limpando o
quarto e colocou uma placa de "Não disturbe" na porta para não ser
interrompido. Depois, deixou o hotel e partiu de volta para a Inglaterra
em seu carro esportivo.
Griffin questionou as acusações de que teria assassinado sua namorada no
tribunal em Paris: "Como vocês podem pensar que eu mataria a mulher que
eu amava?"
Relação turbulenta
O casal tinha uma relação turbulenta e até fisicamente violenta. Algumas
semanas antes de morrer, Kinga Legg enviou uma mensagem de texto pelo
celular a um amigo contando como seu noivo a havia pressionado para
tomar uma overdose de pílulas para dormir.
O advogado da família disse que os parentes de Legg esperavam uma
explicação sobre o que havia acontecido na noite em que ela morreu. "Em
vez disso, eles tiveram que se contentar com os lapsos da memória de
Griffin", disse ele.
O empresário negou o assassinato e disse que ele não se lembra de mais
nada depois da discussão que teve com a namorada no restaurante onde
estavam jantando naquela noite, quando ela disse: "Você me deve sexo".
Depois das falas da promotoria e da defesa, Griffin dizia ao júri várias
vezes: "Pensar que eu poderia fazer isso com a garota que eu amava,
isso está me matando. Já passei por tanta dor e pesar, tanta emoção…"
"Eu daria minha vida pela dela amanhã", disse.
Sentença
O juiz do caso, Didier Safar, disse que o júri considerou que Griffin
não deveria se beneficiar de uma lei que declara o réu não responsável
por suas ações por causa de um "distúrbio psicológico".
No entanto, segundo ele, o júri disse que o nível de responsabilidade de Griffin foi "alterado" por seu estado mental.
Após a sentença, o irmão de Kinga Legg, Marek Wolf, disse que era "o veredicto certo e decisão correta".
"Estou feliz que, depois de três anos, o julgamento está terminado, mas
ninguém pode trazer minha irmã de volta para mim ou para os meus pais."
A atual namorada de Griffin, Tracy Baker, chorou quando a sentença foi
proferida, mas não quis comentar o julgamento ao deixar o tribunal.
BBC Brasil
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